O corrimento rosado pode acontecer no início ou final da menstruação, ser consequência da troca de anticoncepcional ou ser indicativo de gravidez, já que é possível haver um pequeno sangramento quando acontece a implantação do óvulo fecundado no útero, sendo considerado normal.
No entanto, o corrimento rosado pode ser também sinal de situações mais sérias, como cisto no ovário ou doença inflamatória pélvica, que devem ser avaliadas por um ginecologista.
Sempre que o corrimento rosado for muito frequente ou acompanhado de sintomas como dor abdominal, náuseas ou cheiro forte, é recomendado consultar um ginecologista, para identificar se existe algum problema e iniciar o tratamento adequado.

Algumas das causas mais frequentes para o aparecimento de corrimento rosado são:
1. Início ou final da menstruação
Algumas mulheres que estão nos primeiros ou últimos dias da menstruação, podem ter um corrimento rosado, o que geralmente é resultado da mistura entre o sangue e as secreções vaginais.
O que fazer: nesses caso não é necessário realizar tratamento, já que corresponde a uma situação normal.
2. Desequilíbrio hormonal
Quando a mulher sofre oscilações hormonais, é possível que seja notado um corrimento rosado. Isto acontece quando o estrogênio está presente em quantidades insuficientes para manter o revestimento uterino estável, permitindo a sua descamação, que poderá apresentar uma coloração rosada.
O que fazer: o desequilíbrio hormonal pode ser causado por diversos fatores, como estresse, má alimentação, excesso de peso ou alguma doença. Por isso, é importante procurar um clínico geral ou endocrinologista, para perceber qual a causa que está na origem desse desequilíbrio e, assim, ser iniciado o tratamento adequado.
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3. Troca de anticoncepcional
Algumas mulheres têm um corrimento rosado quando iniciam ou mudam de anticoncepcional, sendo mais comum entre os que têm baixos níveis de estrogênios ou que contêm apenas progestágenos na composição.
Além disso, o corrimento rosado também pode acontecer quando a mulher não toma corretamente a pílula anticoncepcional.
O que fazer: é comum que o corrimento rosado aconteça durante o primeiro mês ou durante 3 meses após o uso do anticoncepcional, no entanto, caso se prolongue por mais tempo ou sejam notadas outras alterações, é importante que o ginecologista seja consultado.
4. Cistos nos ovários
O cisto no ovário consiste numa bolsa cheia de líquido, que pode se formar no interior ou ao redor do ovário e ser assintomático ou gerar sintomas como corrimento rosado, dor, alterações na menstruação ou dificuldade para engravidar. Saiba quais os tipos de cisto do ovário.
O que fazer: é importante que o ginecologista seja consultado quando o cisto no ovário cause sintomas, sendo então realizados exames que permitam avaliar as características do cisto e, assim, iniciar o tratamento mais adequado.
Na maioria dos casos, é indicado o uso da pílula anticoncepcional com estrógeno e progesterona. Nos casos mais graves, em que os sintomas são muito intensos e/ ou há sinais de malignidade, pode ser indicada a realização de cirurgia para remover o cisto ou o ovário.
5. Gravidez
O corrimento rosado também pode ser um sintoma de gravidez e que acontece devido à implantação do óvulo fecundado no útero, sendo esse processo conhecido como nidação. Veja mais sobre o sangramento de nidação.
O que fazer: O corrimento rosado durante a nidação, embora não aconteça em todas as mulheres, é perfeitamente normal. Porém, se a intensidade do sangramento aumentar, deve-se ir ao ginecologista.
6. Doença inflamatória pélvica
A doença inflamatória pélvica, também chamada de DIP, é uma infecção que se inicia na vagina e que ascende, afetando o útero e também as trompas e os ovários, podendo se espalhar por uma grande área pélvica ou mesmo pelo abdome, gerando sintomas como corrimento rosado, amarelado ou esverdeado, sangramento durante relações sexuais e dor pélvica.
O que fazer: é importante que o ginecologista seja consultado para que possam ser realizados exames que permitam identificar o microrganismo responsável pela doença e, assim, ser iniciado o tratamento, que normalmente envolve o uso de antibióticos. Entenda como é feito o tratamento para DIP.
7. Aborto espontâneo
O corrimento rosado também pode ser sinal de aborto espontâneo, que é muito comum nas primeiras 10 semanas de gestação. Pode acontecer devido a uma má formação fetal, consumo exagerado de álcool ou drogas ou traumatismo na região abdominal.
Geralmente, os sinais e sintomas surgem subitamente e podem ser febre, dor abdominal forte, dor de cabeça e corrimento rosado que pode evoluir para um sangramento mais forte ou perda de coágulos pela vagina.
O que fazer: caso a mulher desconfie que está a sofrer um aborto espontâneo, deve ir imediatamente à urgência médica.
8. Menopausa
Quando uma mulher está no período de transição para a menopausa, passa por oscilações hormonais, que resultam em alterações do ciclo menstrual. Como consequência, podem surgir sintomas como corrimento rosado, ondas de calor, dificuldades para dormir, secura vaginal e alterações de humor.
O que fazer: o tratamento para a menopausa deve ser feito se os sintomas causarem desconforto e comprometerem a qualidade de vida da mulher. Em alguns casos, pode-se justificar a terapia hormonal de substituição ou a suplementação alimentar.
9. Relações sexuais
As relações sexuais também podem provocar o corrimento rosado devido a um pequeno sangramento no interior da vagina, o que pode ser consequência de ressecamento da vagina, lubrificação vaginal inadequada e/ ou atividade sexual intensa, podendo acontecer com maior frequência em mulheres jovens ou que fazer uso de anticoncepcionais orais.
O que fazer: o corrimento rosado devido às relações sexuais dura cerca de 2 dias, não sendo motivo de preocupação. Porém, caso dure mais tempo ou seja acompanhado por sintomas como dor ou mau cheiro do corrimento, é importante que o ginecologista seja consultado para que seja feita uma avaliação mais detalhada, seja identificada a causa do corrimento e iniciado o tratamento mais adequado.
10. Ectrópio cervical
O ectrópio cervical, ou lesão do colo uterino, acontece quando uma porção do colo do útero se projeta para dentro da vagina.
Esse tecido é mais sensível e pode sangrar mais facilmente, causando o corrimento rosado, principalmente após as relações sexuais.
O que fazer: o ectrópio cervical costuma ser benigno e não necessita de tratamento, no entanto o ginecologista pode recomentar a realização do exame de citologia ou colposcopia para descartar outras condições.
11. Cervicite
A cervicite é a inflamação do colo do útero que pode ser causada por infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como clamídia, gonorreia ou tricomoníase, além de também pode ser acontecer por irritação local ou desequilíbrio da microbiota vaginal.
Nesses casos, o corrimento vaginal pode ser rosado, amarelo ou com mau cheiro, podendo também ser acompanhado por dor ou sangramento durante as relações sexuais.
Leia também: Cervicite: o que é, sintomas, causas e tratamento tuasaude.com/sintomas-da-cerviciteO que fazer: é indicado consultar o ginecologista para que sejam realizados exames para confirmar a IST e, assim, iniciar o tratamento, que normalmente é feito com antibiótico.
12. Uso de DIU
Após a colocação do DIU (dispositivo intrauterino), a mulher pode notar um corrimento rosado ou pequenas perdas de sangue durante os primeiros meses. Isso é considerado normal e representa a adaptação do útero ao dispositivo.
Leia também: DIU (Dispositivo Intrauterino) : o que é, tipos e como funciona tuasaude.com/diu-dispositivo-intra-uterinoO que fazer: caso o corrimento dure poucos dias ou semanas, não é necessário realizar qualquer tratamento. No entanto, caso o sangramento seja intenso, exista dor ou mau cheiro, é importante consultar o ginecologista para verificar a posição do DIU.
13. Pólipos cervicais ou endometriais
Os pólipos são pequenas formações benignas que podem aparecer no colo do útero ou endométrio. Essas estruturas podem provocar o corrimento rosado, sangramento entre os ciclos menstruais ou após as relações sexuais.
O que fazer: o ginecologista pode realizar a retirada dos pólipos através de uma histeroscopia caso existam sintomas ou sangramento frequente.
14. Adenomiose ou endometriose
A adenomiose e a endometriose são doenças em que há o crescimento anormal do tecido endometrial dentro ou fora do útero, o que pode provocar corrimento rosado antes ou depois da menstruação, cólicas intensas e dor durante as relações sexuais.
O que fazer: o tratamento pode incluir o uso de medicamentos hormonais, analgésicos ou cirurgia, dependendo da gravidade dos sintomas.
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