quarta-feira, 22 de outubro de 2025

Tireoidectomia: o que é, para que serve, como é feita (e cuidados)

Tireoidectomia é uma cirurgia feita para retirar toda ou parte da glândula tireoide, sendo o procedimento mais comum em casos de câncer ou nódulo, ou quando há hipertireoidismo que não responde bem a outros tratamentos, por exemplo.

Essa cirurgia na tireoide é realizada por um cirurgião de cabeça e pescoço ou endocrinologista, por meio de anestesia geral e um pequeno corte na frente do pescoço, que permite o acesso à glândula.

Leia também: Cirurgia de tireoide: como é feita, tipos e recuperação (é perigosa?) tuasaude.com/cirurgia-de-tireoide

Após a cirurgia, é importante seguir cuidados como repouso, evitar esforços nas primeiras semanas e manter a cabeça levemente elevada ao dormir, sendo comum sentir dor leve ou rouquidão que melhora com o tempo, e, em alguns casos, pode ser necessário fazer a reposição de hormônio tireoidiano.

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Para que serve

A tireoidectomia pode ser realizada em casos de tratamento de: 

  • Câncer de tireoide: usada para remover tumores malignos da glândula;
  • Hipertiroidismo: indicada quando a glândula produz hormônios em excesso e não há boa resposta a medicamentos ou ao tratamento com iodo radioativo;
  • Bócio: realizada quando há aumento da tireoide que causa desconforto, dificuldade para engolir ou respirar.

Além disso, a tireoidectomia pode ser indicada para avaliar ou tratar nódulos na tireoide, especialmente quando há suspeita de câncer ou quando esses nódulos, mesmo benignos, provocam sintomas ou desconforto.

Tipos de tireoidectomia

A tireoidectomia pode variar conforme a quantidade de tecido removido da tireoide, podendo ser:

1. Tireoidectomia total

A tireoidectomia total é o procedimento em que toda a glândula é retirada, sendo a forma mais comum em casos de câncer de tireoide. 

Após esse tipo de tireoidectomia, o corpo deixa de produzir o hormônio tireoidiano naturalmente, e a pessoa precisa fazer reposição hormonal diária.

2. Tireoidectomia parcial

A tireoidectomia parcial remove apenas parte da tireoide, que pode envolver pedaços de ambos os lobos, mantendo parte significativa da glândula. 

Nesse caso, a parte que permanece costuma manter a função da glândula, e muitas vezes não há necessidade de reposição hormonal.

Esse tipo de tireoidectomia costuma ser indicado em casos de nódulos únicos benignos, bócios localizados em apenas uma parte da glândula ou quando há suspeita de câncer restrito a um dos lados da tireoide.

3. Lobectomia

Na lobectomia, é removido apenas um dos lobos da tireoide, geralmente aquele que contém um nódulo ou tumor. 

Essa técnica pode ser usada tanto para diagnóstico quanto para tratamento de cânceres pequenos e localizados. Como parte da glândula é mantida, a pessoa pode não precisar de reposição hormonal após a cirurgia.

4. Tireoidectomia total com esvaziamento cervical

A tireoidectomia total com esvaziamento cervical é uma cirurgia em que toda a glândula tireoide é removida e, ao mesmo tempo, são retirados os gânglios linfáticos do pescoço. 

Esse tipo é geralmente feito em casos de câncer de tireoide que apresenta risco de espalhar para os gânglios. 

Após a cirurgia, como a tireoide inteira foi retirada, a pessoa precisará tomar hormônio tireoidiano diariamente.

Preparo para tireoidectomia

Antes da cirurgia de tireoidectomia, é indicado realizar exames de imagem, como ultrassom ou tomografia, para localizar a glândula e a alteração.

Também pode ser solicitado pelo médico uma punção por aspiração com agulha fina para verificar se há câncer. Entenda como é feita a biópsia na tireoide.

Além disso, o funcionamento das cordas vocais é avaliado previamente, e, em casos de tireoide hiperativa, o médico pode prescrever medicamentos como iodo ou solução de potássio para reduzir o risco de sangramento. 

Alguns remédios que afetam a coagulação do sangue, como aspirina, ibuprofeno, naproxeno ou vitamina E, podem precisar ser suspensos alguns dias antes da cirurgia. É também indicado que a pessoa realize jejum no dia do procedimento.

Como é feita

A cirurgia de tireoidectomia é geralmente realizada pelo cirurgião de cabeça e pescoço ou pelo cirurgião endocrinológico, seguindo estas etapas:

  1. Realizar anestesia geral, normalmente pela veia ou, em alguns casos, pela inalação de gases anestésicos;
  2. Colocar um tubo na traqueia, para auxiliar a respiração durante o procedimento;
  3. Fazer um pequeno corte na frente do pescoço, permitindo acesso à glândula tireoide;
  4. Remover a glândula, total ou parcialmente, conforme a necessidade da cirurgia;
  5. Fechar o corte com pontos, e, em alguns casos, colocar um dreno para evitar acúmulo de sangue ou líquidos.

O tubo na traqueia é retirado ao final da cirurgia, depois que o cirurgião termina o procedimento e a pessoa começa a despertar da anestesia.

Na maioria dos casos, a cirurgia dura cerca de 2 horas, e a pessoa permanece internada por 1 a 2 dias para observação.

Além disso, o dreno colocado para retirar líquidos acumulados, normalmente é removido em 1 ou 2 dias.

Cuidados após a tireoidectomia

Os cuidados após uma tireoidectomia são fundamentais para garantir uma recuperação completa, que costuma levar de 4 a 6 semanas. É esperado sentir dor e desconforto no pescoço, principalmente ao engolir, e a voz pode ficar rouca temporariamente devido ao tubo de respiração ou ao procedimento cirúrgico.

Alguns cuidados que podem ser indicados pelo médico são:

  • Uso de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, como paracetamol ou ibuprofeno, para aliviar a dor;
  • Aplicar compressas frias sobre o corte, para aliviar o inchaço e o desconforto;
  • Proteger a cicatriz do sol, usando roupas com gola mais alta e protetor solar, para evitar cicatriz.
  • Repousar mantendo a cabeça um pouco mais elevada, enquanto dorme;
  • Evitar atividades mais intensas por cerca de 10 a 14 dias, ou conforme o tempo estipulado pela equipe médica;
  • Ter uma alimentação líquida ou mais pastosa nos primeiros dias após a cirurgia.

Em caso de remoção total da tireoide precisa-se fazer reposição hormonal diariamente, com levotiroxina, conforme orientação médica.

Além disso, o médico verifica os níveis de cálcio para prevenir sintomas de hipocalcemia, já que as glândulas paratireoides, que controlam o cálcio no sangue, ficam localizadas muito próximas da tireoide e podem ser afetadas durante o procedimento.

Leia também: Hipocalcemia: sintomas, causas e tratamento tuasaude.com/hipocalcemia

Tireoidectomia engorda?

A tireoidectomia não causa ganho de peso diretamente. Porém, após a cirurgia, pode haver mudanças hormonais, sendo preciso tomar hormônio tireoidiano diariamente para manter o metabolismo equilibrado.

Se a dose do hormônio estiver baixa, o metabolismo pode ficar mais lento e levar ao ganho de peso, mas isso é temporário e pode ser ajustado com o tratamento correto.



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Emendar a cartela de anticoncepcional: quando fazer e possíveis efeitos

Emendar a cartela do anticoncepcional não faz mal à saúde e não interfere na fertilidade, podendo ser utilizada na redução da TPM e no controle doa sintomas da endometriose.

No entanto, quem deseja suspender a menstruação de forma contínua deve optar por anticoncepcionais específicos, o que ajuda a reduzir possíveis efeitos como sangramento de escape, inchaço e alterações de humor.

Leia também: 11 efeitos colaterais do anticoncepcional (e o que fazer) tuasaude.com/7-efeitos-colaterais-mais-comuns-da-pilula-anticoncepcional

Por isso, é indicado que o ginecologista seja consultado, para avaliar o histórico de saúde de cada mulher e orientar o anticoncepcional mais adequado, garantindo segurança e eficácia no uso.

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Quando emendar a cartela de anticoncepcional

A emenda da cartela de anticoncepcional pode ocorrer em situações para:

  • Evitar a menstruação, especialmente durante viagens ou eventos importantes;
  • Aliviar os sintomas da TPM;
  • Reduzir os sintomas da endometriose.

No entanto, nem todos os anticoncepcionais são adequados para uso contínuo. Alguns foram formulados para imitarem o ciclo menstrual natural, permitindo um intervalo sem hormônios e a chamada “limpeza” do útero. Conheça as pílulas de uso contínuo.

Assim, é fundamental que o ginecologista seja consultado para que seja indicado o melhor anticoncepcional para esse objetivo.

Marque consulta com o ginecologista mais próximo de você:

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Possíveis efeitos colaterais

De forma geral, emendar as cartelas do anticoncepcional não costuma causar efeitos colaterais graves. 

No entanto, pode ocorrer sangramento de escape, caracterizado por pequenas perdas de sangue marrom, devido ao nível constante de hormônios, que afina o endométrio e o torna mais sensível, favorecendo esses pequenos sangramentos.

Leia também: Sangramento de escape: o que pode ser (e quando ir ao médico) tuasaude.com/o-que-pode-ser-o-sangramento-fora-do-periodo-menstrual

Algumas mulheres também relatam sensação de inchaço, dor nas mamas e alterações de humor. 

Além disso, dependendo do tipo de cartela emendada, pode haver maior risco de alterações na coagulação sanguínea e aumento da pressão arterial.

Faz mal emendar a cartela de anticoncepcional?

Não faz mal emendar a cartela de anticoncepcional, desde que o uso seja orientado pelo ginecologista e o anticoncepcional seja adequado para uso contínuo.

Por que fazer a pausa 

A pausa da pílula anticoncepcional permite a “limpeza” do útero. Embora os ovários não estejam liberando óvulos, o útero continua se preparando para uma possível gravidez, tornando-se mais espesso.

O sangramento que ocorre durante a pausa não é uma menstruação verdadeira, mas acontece para diminuir a espessura do útero que aumentou durante o ciclo.

Além disso, ajuda a identificar uma possível gravidez caso o sangramento não ocorra.

Como fazer a pausa corretamente

O tempo da pausa varia de acordo com o tipo de pílula anticoncepcional, podendo ser:

  • Pílulas de 21 dias, como Yasmim, Selene ou Diane 35, a pausa, normalmente, é de 7 dias e, nesses dias, a mulher não deve tomar comprimidos. A nova cartela deve ser iniciada no 8º dia da pausa;
  • Pílulas de 24 dias, como Yaz ou Mirelle, a pausa é de 4 dias sem anticoncepcional, devendo a nova cartela ser iniciada no 5º dia. Algumas cartelas possuem, além das 24 pílulas, 4 comprimidos de outra cor, que não possuem hormônios e que funcionam como pausa;
  • Pílulas de 28 dias, como Cerazette, não precisam de pausa, pois são de uso contínuo. Neste tipo de pílula não existe menstruação.

Se a mulher esquecer de tomar o primeiro comprimido da nova cartela após a pausa, os ovários podem retomar a atividade e amadurecer um óvulo, aumentando o risco de gravidez. Saiba o que fazer se esquecer de tomar o anticoncepcional.



source https://www.tuasaude.com/pausa-do-anticoncepcional/

Gastroparesia: o que é, sintomas, causas e tratamento

Gastroparesia é a paralisia ou diminuição dos movimentos do estômago, geralmente relacionada a danos no nervo vago ou nos músculos do estômago, causando sintomas como náuseas, vômitos, sensação de estômago cheio constante, acúmulo de gases e desconforto abdominal.

A causa exata desta doença é desconhecida, mas é mais frequente em pessoas que sofrem de diabetes tipo 1 e tipo 2, dando origem à gastroparesia diabética. Além disso, alguns antidepressivos ou remédios para pressão alta como os bloqueadores dos canais de cálcio, podem causar a gastroparesia.

O tratamento da gastroparesia, que também é chamada de síndrome de atraso no esvaziamento gástrico, é feito com remédios indicados pelo gastroenterologista, além de alimentação adequada, para evitar possíveis complicações que possam afetar a qualidade de vida.

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Sintomas de gastroparesia

Os principais sintomas da gastroparesia são:

  • Náuseas;
  • Vômitos que podem conter alimentos ingeridos há várias horas;
  • Dor ou inchaço abdominal;
  • Sensação de estar cheio mesmo depois de fazer uma refeição pequena;
  • Sensação de estômago pesado, mesmo que a última refeição tenha sido realizada há muitas horas;
  • Produção excessiva de gases.

Os sintomas da gastroparesia surgem à medida que o estômago não consegue realizar os movimentos para digerir e mandar os alimentos para o intestino.

Nos casos mais graves, também podem surgir sintomas como perda de peso ou do apetite e sinais de desidratação, como sintomas de fraqueza, tontura e boca seca.

É importante consultar o gastroenterologista sempre que surgirem sintomas de gastroparesia, para que seja diagnosticado e iniciado o tratamento mais adequado.

Caso tenha sintomas de gastroparesia, marque uma consulta com um gastroenterologista na região mais próxima:

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Como confirmar o diagnóstico 

O diagnóstico da gastroparesia é feito pelo gastroenterologista através da avaliação dos sintomas e no histórico de saúde, levando em consideração a idade da pessoa, assim como a presença de diabetes mellitus, uso de remédios ou cirurgias anteriores na região abdominal.

Além disso, podem ser solicitados exames para determinar os níveis de açúcar no sangue e de hormônios, como tiroxina e triiodotironina, por exemplo.

Outros exames que o médico pode solicitar são medição do esvaziamento gástrico, cintilografia, endoscopia, ultrassonografia ou radiografia com contraste, para avaliar a aparência do estômago ou se a pessoa tem comida não digerida no estômago após jejum de algumas horas e quanto tempo leva para a comida a passar para o intestino. 

Estes exames permitem ao médico excluir outras doenças, como úlcera gástrica ou obstrução mecânica, síndrome do intestino irritável, indigestão ou refluxo gastroesofágico, por exemplo.

Possíveis causas

A maioria dos casos de gastroparesia tem causa desconhecida, sendo por isso conhecida por gastroparesia idiopática.

No entanto, a gastroparesia pode estar associada à condições de saúde, como:

  • Diabetes mellitus, causando a gastroparesia diabética;
  • Cirurgia gástrica anterior, que pode causar danos no nervo vago;
  • Condições neurológicas, como esclerose múltipla, doença de Parkinson, tumores no tronco cerebral ou AVC;
  • Doenças reumatológicas, como escleroderma ou amiloidose;
  • Infecções por vírus, como rotavírus ou vírus Norwalk;
  • Uso de alguns medicamentos, como antidepressivos tricíclicos, opioides ou bloqueadores dos canais de cálcio.

Além disso, outros remédios que podem causar gastroparesia são os agonistas do GPL-1, indicados para o tratamento da diabetes tipo 2 ou perda de peso, como liraglutida ou semaglutida, por exemplo.

A gastroparesia também pode ser causada por condições autoimunes, como no caso da dismotilidade gastrointestinal autoimune, que leva a um atraso no esvaziamento do estômago.

Como é feito o tratamento

O tratamento da gastroparesia deve ser feito com a orientação do gastroenterologista e envolve alterações na dieta, uso de remédios, estimulação gástrica ou cirurgia.

Os principais tratamentos para a gastroparesia são:

1. Alterações na dieta

O médico pode recomendar alterações na dieta, como reduzir o tamanho das porções dos alimentos e ter uma dieta leve, pobre em gorduras, rica em fibras solúveis e que seja líquida em sua maior parte, para garantir o fornecimento adequado de nutrientes, manter a hidratação do corpo e facilitar o esvaziamento gástrico.

Da mesma forma, também é importante controlar os níveis de açúcar no sangue principalmente em pessoas diabéticas. Saiba como controlar o diabetes

2. Uso de remédios

O uso de remédios, como eritromicina, domperidona ou cisaprida, pode ser indicado pelo médico para aumentam o trânsito intestinal.

Além disso, podem ser indicados remédios antieméticos como a metoclopramida, para controlar náuseas e vômitos.

3. Toxina botulínica

A injeção de toxina botulínica pode ser feita pelo médico no piloro, que é um esfíncter na parte final do estômago, com o objetivo de paralisá-lo e mantê-lo aberto por mais tempo, o que pode ajudar a aliviar os sintomas da gastroparesia.

4. Estimulação elétrica gástrica

A estimulação elétrica gástrica pode ser indicada pelo médico para ajudar a aliviar os sintomas da gastroparesia, especialmente os vômitos frequentes.

Esse tipo de tratamento é feito através de cirurgia por laparotomia, em que o médico coloca um dispositivo com bateria próximo ao piloro, que envia sinais elétricos para o estômago, ajudando a controlar os vômitos.

5. Nutrição parenteral

Nos casos mais graves de gastroparesia, em que a pessoa não consegue se alimentar por via oral, pode ser necessário fazer alimentação através da nutrição parenteral para fornecer todos os nutrientes de que a pessoa necessita e evitar complicações como a desidratação ou desnutrição. 

A nutrição parenteral é feita com a aplicação de alimento na forma líquida e estéril na veia. Entenda melhor o que é nutrição parenteral.

6. Jejunostomia

A jejunostomia é um tratamento em que o médico coloca uma sonda através de uma abertura cirúrgica na pele, conectando-a ao jejuno, uma porção do intestino entre o duodeno e o íleo.

Assim, a pessoa recebe a alimentação enteral através da sonda, sendo esse tratamento feito nos casos de desnutrição grave causada pela gastroparesia.

7. Cirurgia

O médico também pode recomendar cirurgia com o objetivo de facilitar o esvaziamento gástrico, podendo ser indicada nos casos em que não ocorre melhora com as outras opções de tratamento. 

Possíveis complicações

As complicações da gastroparesia são desnutrição grave, desidratação devido aos vômitos constantes, síndrome de Mallory-Weiss ou dificuldade de controlar os níveis de açúcar no sangue em diabéticos.

Além disso, a gastroparesia pode causar acúmulo de alimentos não digeridos ou parcialmente digeridos no estômago, formando massas que podem ficar presas no estômago, sendo essa condição conhecida como bezoares.  

A gastroparesia também pode causar má absorção dos remédios, complicações relacionadas aos procedimentos cirúrgicos, necessidade de hospitalização frequente e piora na qualidade de vida.



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5 opções de tratamento da síndrome mão-pé-boca (e cuidados)

O tratamento para a síndrome mão-pé-boca normalmente envolve medicamentos como antitérmicos, anti-inflamatórios e antialérgicos para aliviar os sintomas. Além disso, também pode ser indicado o uso de remédios para aftas e pomadas. 

A síndrome mão-pé-boca é uma doença contagiosa que geralmente é causada pelo vírus coxsackie, provocando sintomas como febre baixa, vermelhidão em partes do corpo, como mãos, pés e nádegas, e feridas na boca. 

Leia também: Síndrome Mão-Pé-Boca: o que é, sintomas, transmissão e tratamento tuasaude.com/sindrome-mao-pe-boca

Em caso de suspeita de síndrome mão-pé-boca, é importante que o pediatra seja consultado para que seja feita uma avaliação e iniciado o tratamento mais adequado. 

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Principais opções de tratamento

As principais opções no tratamento da síndrome mão-pé-boca são:

1. Antitérmicos

Medicamentos antitérmicos, como paracetamol e dipirona, podem ser indicados pelo pediatra em caso de febre acima de 38ºC. 

2. Anti-inflamatórios

Medicamentos anti-inflamatórios, como o Ibuprofeno, normalmente são indicados para aliviar a dor provocada pelas aftas, também sendo úteis em caso de febre.    

3. Antialérgicos

Em caso de coceira, medicamentos antialérgicos como polaramine ou hidroxizina podem ser indicados para aliviar o incômodo provocado pelas lesões na pele.

4. Remédios para aftas

Remédios para aftas, como omcilon-A orabase ou lidocaína, podem ser indicados para aliviar a dor e desconforto provocados pela aftas, sendo aplicados diretamente sobre as feridas na boca.

Leia também: 11 dicas naturais para curar aftas mais rápido tuasaude.com/5-dicas-para-curar-as-aftas

No entanto, é importante seguir as orientações do pediatra, já que alguns remédios podem não ser indicados para crianças, dependendo da idade. 

5. Pomada

O tratamento da síndrome mão-pé-boca com pomadas tem como objetivo apenas aliviar os sintomas, já que não existe medicamento tópico capaz de eliminar o vírus. 

Entre as opções, o médico pode indicar cremes hidratantes neutros, que acalmam e protegem a pele, pomada com óxido de zinco, que formam uma barreira protetora, ou pomada com dexpantenol, que auxilia na regeneração das feridas

Em casos de inflamação ou dor mais intensa, pode ser recomendado o uso de pomadas com triancinolona acetonida, de ação anti-inflamatória. Veja outras pomadas para a síndrome mão-pé-boca.

Cuidados durante o tratamento

Alguns cuidados que devem ser mantidos durante o tratamento incluem:

  • Manter repouso em casa, sem ir à escola ou para a creche, para não contaminar outras crianças;
  • Consumir alimentos frios, como sucos naturais, fruta fresca amassada, gelatina ou sorvetes, por exemplo;
  • Evitar alimentos salgados ou ácidos, como refrigerantes ou salgadinhos, para não piorar as dores de garganta. Saiba o que comer para aliviar a dor de garganta
  • Fazer gargarejos, com água e sal para ajudar a aliviar as dores de garganta;
  • Manter hidratação adequada, através da ingestão de água ou sucos naturais, por exemplo;
  • Lavar as mãos depois de ir ao banheiro, para evitar a transmissão do vírus, mesmo depois da recuperação, pois o vírus ainda pode ser transmitido através das fezes durante cerca de 4 semanas;
  • Trocar a fralda com cuidado, usando luvas e lavar as mãos após a troca, tanto em casa como na creche, mesmo após a recuperação.

É importante ter esses cuidados durante o tratamento da síndrome mão-pé-boca, porque a doença pode ser transmitida através da tosse, espirros ou saliva, do contato direto com bolhas que tenham estourado ou fezes infectadas.

Quando ir ao médico

A síndrome mão-pé-boca normalmente melhora entre uma e duas semanas mesmo sem tratamento específico. 

No entanto, é indicado procurar uma emergência caso a criança apresente sintomas como febre que não passa com os remédios, perda de peso, pouca urina, sonolência ou falta de ar.

Nestes casos, os sintomas podem indicar infecções mais graves ou desidratação, por exemplo, podendo ser necessária a internação para que a criança receba um tratamento adequado e evitar que a doença piore.

Sinais de melhora

Os sinais de melhora da síndrome mão-pé-boca incluem a diminuição e o desaparecimento das aftas, bolhas e vermelhidão da pele, assim como da febre e da dor de garganta.

Sinais de piora

Os sinais de piora da síndrome mão-pé-boca normalmente são o aumento da febre, surgimento de vermelhidão intensa e secreção com pus nas bolhas e feridas, sonolência, confusão mental e sinais de desidratação, como boca seca e pouca urina.



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terça-feira, 21 de outubro de 2025

Tylenol: para que serve, tipos e como tomar (Sinus, Bebê, Infantil e outros)

O Tylenol é um remédio que tem ação analgésica e antitérmica, sendo indicado para baixar a febre e aliviar dores leves a moderadas, como dor de cabeça, cólicas menstruais e dor de dente.

Esse medicamento contém paracetamol e pode ser indicado para adultos e crianças, sendo comercializado na forma de gotas, suspensão oral e comprimidos, com os nomes Tylenol, Tylenol Sinus e Tylenol Bebê, por exemplo.

Leia também: Paracetamol: para que serve, como tomar e quando evitar tuasaude.com/paracetamol

O Tylenol pode ser comprado em farmácias e drogarias e, embora algumas apresentações não necessitem de receita médica, é importante que esse remédio seja usado com orientação de um médico, principalmente no caso de bebês, crianças, grávidas e pessoas com problemas no fígado.

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Para que serve o Tylenol

O Tylenol pode ser indicado para tratar condições como:

  • Febre;
  • Dores associadas a gripes e resfriados comuns;
  • Dor de cabeça;
  • Dor no corpo;
  • Dor de dente;
  • Dor nas costas;
  • Dores musculares.

O Tylenol também pode ser indicado pelo médico para tratar cólicas menstruais, dor de garganta e dores leves associadas a artrites.

Além disso, o Tylenol também ajuda a aliviar os sintomas de gripes, resfriados e sinusites, como nariz entupido, coriza e mal-estar.

Tipos e como tomar

A posologia varia conforme o tipo deste produto, incluindo:

1. Tylenol

O Tylenol simples é comercializado na forma de comprimidos revestidos, na dosagem de 500 mg e 750 mg, em embalagens contendo 10, 20 ou 100 comprimidos.

Este remédio pode ser usado por crianças acima de 12 anos e adultos.

Como tomar: é recomendado tomar 1 ou 2 comprimidos de Tylenol de 500 mg, de 3 a 4 vezes ao dia. Já o Tylenol de 750 mg deve ser tomado na dosagem de 1 comprimido, de 3 a 5 vezes ao dia.

A dose diária máxima recomendada de 4000 mg da paracetamol (8 comprimidos de 500 mg ou 5 comprimidos de 750 mg de Tylenol), em doses fracionadas e não excedendo 1000 mg por dose, em intervalos de 4 a 6 horas, dentro de 24 horas.

2. Tylenol Sinus

O Tylenol Sinus é um medicamento na forma de comprimidos revestidos contendo 500 mg de paracetamol e 30 mg de cloridrato de pseudoefedrina.

Este medicamento reduz a febre no centro regulador da temperatura no Sistema Nervoso Central, diminui a sensibilidade à dor e o congestionamento nasal.

O Tylenol Sinus pode ser usado por adultos e crianças acima de 12 anos, aliviando os sintomas de gripes, resfriados comuns e sinusites, como febre, nariz entupido, coriza, mal-estar, dor no corpo e dor de cabeça.

Como tomar: é recomendado tomar 2 comprimidos, com um copo de água, a cada 4 ou 6 horas, não excedendo o total de 8 comprimidos dentro de 24 horas.

Esse medicamento não deve ser usado por mais de 3 dias em casos de febre, e mais de 7 dias no caso de dor.

Os comprimidos não devem ser mastigados, partidos ou amassados, e podem ser tomados em jejum ou junto das refeições.

Leia também: Tylenol Sinus: para que serve e como tomar tuasaude.com/tylenol-sinus

3. Tylenol Bebê

O Tylenol Bebê é um remédio na forma de suspensão oral, que contém 100 mg/mL de paracetamol e sabor de frutas.

Este remédio pode ser indicado para diminuir a febre e aliviar dores leves a moderadas associadas a gripes e resfriados comuns, dor de cabeça, dor de dente e dor de garganta em bebês e crianças com menos de 12 anos.

O Tylenol Bebê deve ser administrado via oral, com uma seringa dosadora, que acompanha o produto. Para isso,basta agitar o frasco, preencher a seringa e colocar o líquido lentamente na boca do bebê, entre a gengiva e o lado de dentro da bochecha.

Como tomar: a dose recomendada varia entre 0,1 a 0,15 mL por kg por dose, conforme o peso corporal da criança:

  • 3 kg: 0,4 mL;
  • 5 kg: 0, 6 mL;
  • 10 kg: 1,3 mL;
  • 15 kg: 1,9 mL;
  • 20 kg: 2,5 mL.

O intervalo entre as doses deve ser de 4 a 6 horas, não excedendo 5 administrações (aproximadamente 50-75 mg/kg) em um período de 24 horas.

Para crianças com menos de 11 kg ou 2 anos, deve-se consultar o médico antes do uso deste medicamento.

4. Tylenol infantil

O Tylenol infantil, também conhecido como Tylenol criança, é um medicamento de uso oral, na forma de suspensão (32 mg/mL de paracetamol), indicada para crianças com menos de 12 anos.

Este remédio pode ser indicado pelo médico para reduzir a febre e aliviar dores leves a moderadas em gripes e resfriados comuns, dor de cabeça, dor de dente e dor de garganta.

Como tomar: a dose recomendada varia de 10 a 15 mg por kg de peso corporal por dose, que deve ser administrada a cada 4 a 6 horas, não excedendo 5 administrações em um período de 24 horas.

A dosagem a ser tomada, varia conforme o peso da criança, como a seguir:

  • Entre 11 e 15 kg: 5 mL;
  • Entre 16 e 21 Kg: 7,5 mL;
  • Entre 22 e 26 kg: 10 mL;
  • Entre 27 e 31 kg: 12,5 mL;
  • Entre 32 e 43 kg: 15 mL.

Para crianças abaixo de 11 kg ou 2 anos, a dosagem deve ser orientada pelo pediatra.

5. Tylenol gotas

O Tylenol gotas é um remédio na forma de solução que contém 200 mg/mL de paracetamol, podendo ser indicado para adultos e crianças, ajudando a aliviar dores e diminuir a febre.

Esse medicamento pode ser tomado em jejum ou junto das refeições, devendo-se virar o frasco e colocar as gotas em uma colher.

Como tomar: a dose indicada varia conforme a idade da pessoa. Para crianças com menos de 12 anos, pode ser recomendado de 1 gota por kg de peso corporal, entre 4 a 6 horas de intervalo, não excedendo 5 doses (cerca de 50-75 mg/kg) em um período de 24 horas.

Para crianças abaixo de 11 kg ou 2 anos, é necessário consultar o pediatra antes do uso desse medicamento.

Para adultos e crianças acima de 12 anos, a indicação é de 40 a 70 gotas a cada 4 a 6 horas. A dose diária é de no máximo 4000 mg (280 gotas) por dia, administrados em doses fracionadas. Não se deve exceder a dose de 1000 mg/dose (70 gotas) no intervalo de 4 a 6 horas, no período de 24 horas.

6. Tylenol DC múltiplas dores

O Tylenol DC múltiplas dores é um medicamento na forma de comprimido que contém 500 mg de paracetamol e 65 mg de cafeína, princípios ativos que têm ação analgésica, antitérmica e estimulante.

Este remédio pode ser usado por adultos e crianças acima de 12 anos, sendo indicado para aliviar dor de dente, dor de cabeça, dor nas costas, dor muscular, dores associadas a artrites e cólica menstrual. Além disso, esse remédio também ajuda a aliviar a febre.

Como tomar: é recomendado tomar de 1 a 2 comprimidos, com um copo de água, a cada 4 ou 6 horas, não excedendo o total de 8 comprimidos dentro de 24 horas, em doses fracionadas.

Possíveis efeitos colaterais

Os efeitos colaterais mais comuns com o uso do Tylenol incluem náusea, boca seca, tontura, insônia, nervosismo

Embora seja raro, o Tylenol também pode causar:

  • Palpitações, taquicardia, pressão alta, arritmia e/ou infarto;
  • Urticária, coceira, vermelhidão e erupções cutâneas;
  • Ansiedade, euforia, agitação, alucinação;
  • AVC;
  • Tremor;
  • Sonolência;
  • Dor abdominal, diarreia, vômitos, colite isquêmica ou infarto intestinal;
  • Dificuldade para urinar ou retenção urinária;
  • Síndrome de Encefalopatia Posterior Reversível e Síndrome de Vasoconstrição Cerebral Reversível.

Esse medicamento também pode causar reações alérgicas graves, onde os sintomas podem incluir vermelhidão na pele, bolhas e erupções cutâneas, falta de ar. Nestes casos, deve-se interromper o uso do remédio e procurar ajuda médica imediatamente.

O uso de doses excessivas ou maiores que as recomendadas, também pode causar danos graves no fígado e hepatite medicamentosa. Entenda o que é hepatite medicamentosa e como identificar.

Quem não deve usar

O Tylenol não deve ser usado por pessoas com hipersensibilidade aos componentes do medicamento.

Já o Tylenol em comprimidos e o Tylenol DC não devem ser usados por crianças.

Pessoas com pressão alta grave ou não controlada, ou insuficiência renal grave súbita ou crônica, não devem usar o Tylenol Sinus.

Além disso, pessoas que estejam usando outros medicamentos, devem consultar o médico antes de usar o Tylenol. Isso porque alguns remédios podem ter seu efeito aumentado ou reduzido pelo Tylenol.

É importante também não usar dois medicamentos que contenham paracetamol ao mesmo tempo.

Dúvidas comuns sobre o Tylenol

Algumas dúvidas sobre o Tylenol são:

1. Grávida pode tomar Tylenol?

A Grávida pode tomar o Tylenol que contém apenas paracetamol, mas desde que seja de forma orientada pelo obstetra e na menor dose possível, sendo aconselhado o máximo 1000 mg por dia.

Já o Tylenol Sinus só deve ser tomado após uma avaliação do médico sobre os riscos e benefícios para a mulher e o bebê.

Leia também: Grávida pode tomar paracetamol? tuasaude.com/paracetamol-na-gravidez

2. Pode tomar Tylenol com dengue?

O Tylenol simples, contendo apenas paracetamol, pode ser tomado com dengue, conforme a indicação do médico.

Assim, esse remédio pode ajudar a aliviar sintomas comuns dessa doença, como febre, dor no corpo e dor de cabeça, por exemplo.

3. Tylenol tem dipirona?

O tylenol não tem dipirona na sua composição. Esse medicamento é composto por paracetamol, de forma isolada, ou associado a outras substâncias, como cafeína e cloridrato de pseudoefedrina.

4. Tylenol é paracetamol?

Sim, o Tylenol é o nome comercial de um medicamento que contém o paracetamol como principal princípio ativo.

5. Tylenol dá sono?

Embora seja muito raro, o Tylenol Sinus pode dar sono, mas principalmente quando tomado em doses acima das recomendadas.

Já os outros tipos de Tylenol não estão relacionados com o sono como um possível efeito colateral.

6. Tylenol é anti-inflamatório?

Não, o Tylenol não é classificado com um remédio anti-inflamatório. Isso porque o paracetamol é uma substância com ação analgésica e antitérmica apenas.



source https://www.tuasaude.com/paracetamol-tylenol/

Vacina da catapora (varicela): quando é indicada, doses e efeitos colaterais

A vacina contra a catapora é indicada para prevenir o desenvolvimento da catapora, protegendo a pessoa contra o vírus da varicela-zoster ou para evitar o agravamento da doença.

Esta vacina contém o vírus da varicela-zoster atenuado, ou seja, contém o vírus vivo enfraquecido, mas que não é capaz de causar a doença, apenas estimula o organismo a produzir anticorpos contra o vírus, deixando a pessoa imune à doença.

A catapora, também conhecida como varicela, é uma infecção contagiosa que, embora seja uma doença leve em crianças saudáveis, pode ser grave em adultos e levar a complicações principalmente em pessoas com um sistema imunológico enfraquecido. Veja como a catapora é transmitida e os principais sintomas.

Imagem ilustrativa número 2

Quando é indicada

A vacina da catapora é indicada para:

  • Todas as crianças a partir de 12 meses, como vacinação de rotina;
  • Crianças a partir de 9 meses, em situações de surtos epidemiológicos;
  • Todas as crianças, adolescentes e adultos suscetíveis e que não tiveram catapora;

A vacina da catapora está disponível gratuitamente pelo SUS nos postos de saúde, fazendo parte do calendário de vacinação da criança, mas também está disponível em clínicas de vacinação particulares.

Leia também: Calendário de vacinação do bebê 2025: do nascimento aos 4 anos tuasaude.com/calendario-de-vacinacao-do-bebe

Adulto pode tomar vacina contra catapora?

Sim, o adulto pode tomar a vacina contra a catapora, que está disponível em clínicas de vacinação particular. A Sociedade Brasileira de Imunizações recomenda esta vacina para todos os adultos que não tiveram catapora.

De forma gratuita, a vacina contra a catapora para adultos é oferecida de pelo SUS somente para indígenas e trabalhadores de saúde, que não tiveram a doença.

Tipos de vacina contra catapora

Existem dois tipos de vacina contra catapora que são:

1. Vacina da varicela

A vacina da varicela (catapora) contém apenas o vírus da varicela-zoster atenuado, ou seja, o vírus vivo inativo, que é capaz de estimular o sistema imune a produzir anticorpos contra a doença, mas não causa a catapora.

Essa vacina é indicada somente a partir dos 12 meses de idade, podendo também ser tomada por adolescentes e adultos.

Geralmente, a vacina da varicela é tomada ao mesmo tempo que a vacina tríplice viral (SCR) que protege contra sarampo, caxumba e rubéola.

Por esse motivo, a aplicação das duas vacinas pode ser substituída por uma dose da vacina SCR-V, caso tenha no posto de saúde.

Leia também: Calendário de vacinação de 4 a 19 anos (2025) tuasaude.com/calendario-de-vacinacao-dos-4-aos-10-anos

2. Vacina SCR-V

A vacina SCR-V, também conhecida como vacina tetraviral ou vacina tetravalente, também é uma vacina atenuada, mas que contém 4 vírus, do sarampo, caxumba, rubéola e varicela (catapora).

Essa vacina pode ser aplicada a partir dos 12 meses de idade e até os 12 anos.

Geralmente, a vacina SCR-V é utilizada pelo SUS dos 15 aos 24 meses, como segunda dose da vacina da varicela e da vacina SCR (sarampo, caxumba e rubéola).

Doses da vacina contra catapora

A vacina contra catapora deve ser aplicada conforme o calendário de vacinação que inclui:

Doses da vacina contra catapora Idade
1ª dose  12 meses de idade
2ª dose  entre 15 e 24 meses, com um intervalo mínimo de três meses após a 1ª dose.

A vacina contra catapora (varicela) pode ser tomada junto com a vacina tríplice viral (caxumba, sarampo e rubéola), em seringas separadas e aplicadas em dois locais diferentes, ou pode-se tomar a vacina tetraviral (SCR-V) que protege contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela.

Em regiões com surto de catapora, a vacina da catapora pode ser utilizada a partir dos 9 meses de idade, em 2 doses, com um intervalo mínimo de 6 semanas entre as doses.

No entanto, mesmo que o bebê tenha tomado uma dose da vacina da varicela antes dos 12 meses de vida, é necessário seguir o esquema do calendário de vacinação, tomando a 1ª e a 2ª dose da vacina da varicela normalmente.

Doses para adolescentes

Para adolescentes até os 12 anos, deve-se seguir o esquema de 2 doses com a vacina da varicela ou a vacina SCR-V, com um intervalo mínimo de 3 meses entre as doses.

A partir dos 13 anos, é recomendada 2 doses da vacina da varicela, com um intervalo de 4 a 8 semanas entre as doses.

A vacina tetraviral não deve ser administrada em crianças maiores de 12 anos.

Crianças que já tiveram catapora necessitam ser vacinadas?

As crianças que foram infectadas pelo vírus da varicela e que desenvolveram catapora, já se encontram imunes contra a doença, por isso não precisam de receber a vacina.

Possíveis efeitos colaterais

Os efeitos colaterais mais comuns da vacina contra a catapora são febre acima 39,5°C medida no reto ou acima de 39°C medida por vira oral ou na axila.

Outros efeitos colaterais comuns são dor, inchaço ou vermelhidão no local da injeção.

Além disso, podem surgir náuseas, vômitos, infecções do trato respiratório superior, irritabilidade ou aparecimento de bolhas semelhantes à varicela entre 5 e 26 dias após a vacinação.

Quem não deve receber a vacina

A vacina contra a catapora não deve ser usada nas seguintes situações:

  • Alergia a qualquer componente da vacina;
  • Histórico de reação anafilática à neomicina;
  • Sistema imunológico enfraquecido ou tratamento com imunossupressores;
  • Imunodeficiência primária ou adquirida;
  • Leucemias, linfomas ou outros cânceres que afetem a medula óssea ou o sistema linfático;
  • Tuberculose ativa não tratada;
  • Intolerância hereditária à frutose, no caso da vacina SCR-V;
  • Doença febril ativa com febre maior que 38,5 ºC;
  • Mulheres grávidas.

Além disso, mulheres que desejam engravidar, mas que tenham recebido a vacina da catapora, devem evitar a gravidez durante o período de 3 meses após a vacinação. Já para a vacina SCR-V, a gravidez deve ser evitada por um mês após a vacinação.

Essa vacina deve ser usada com cautela e somente com indicação médica em pessoas que utilizam diariamente o ácido acetilsalicílico. Não se deve dar AAS ou Aspirina à crianças pois pode causar síndrome de Reye.

Leia também: Síndrome de Reye: o que é, sintomas, causas e tratamento tuasaude.com/sindrome-de-reye

source https://www.tuasaude.com/vacina-contra-a-catapora/

segunda-feira, 20 de outubro de 2025

Fezes finas é sempre sinal de câncer?

Fezes finas podem, de fato, ser um sinal de câncer, mas na maioria das vezes não estão relacionadas a essa condição. Mudanças no formato, cor ou textura das fezes são comuns e nem sempre significam algo grave. É mais comum que as fezes finas surjam por causas simples, como prisão de ventre, alimentação com pouca fibra ou até tensão durante a evacuação.

No entanto, quando o afinamento das fezes é constante ou vem acompanhado de outros sintomas como sangue nas fezes, dor abdominal, sensação de evacuação incompleta, cansaço ou perda de peso, pode sim indicar câncer no intestino, e, por isso, deve ser investigado. Saiba reconhecer os sintomas de câncer de intestino.

Assim sendo, se o formato das fezes continuar afinado por mais de alguns dias, especialmente junto de outros sintomas, é essencial procurar um gastroenterologista ou proctologista. Só o médico pode confirmar a causa e orientar o tratamento mais adequado, evitando complicações e garantindo o diagnóstico precoce de doenças mais sérias.



source https://www.tuasaude.com/medico-responde/fezes-finas-sao-sinal-de-cancer/

Endoscopia digestiva alta: o que é, como é feito (e preparo)

A endoscopia digestiva alta é um exame usado para observar a parte superior do sistema digestivo, referente ao esôfago, estômago e duodeno, ...