sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

Erva-baleeira: para que, benefícios (e como fazer o chá)

A erva-baleeira é uma planta medicinal que pode ser indicada para ajudar no tratamento de problemas reumáticos, na cicatrização de feridas e nos problemas digestivos.

Estes benefícios se devem ao fato de a erva-baleeira (Cordia verbenacea DC.) conter compostos bioativos, como terpenos, flavonoides e taninos com ação antioxidante, anti-inflamatória e analgésica.

Leia também: Tanino: o que é, para que serve, tipos e onde encontrar tuasaude.com/tanino

Também conhecida como catinga-de-barão, caramona, erva-balieira e cheiro-de-tempêro, a erva-baleeira pode ser usada na forma de chás, tintura, pomadas, cremes e géis, e ainda como tempero na culinária.

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Para que serve a erva-baleeira e benefícios

A erva-baleeira possui muitos benefícios, sendo indicada para:

1. Ajuda no tratamento de problemas reumáticos

A erva-baleeira ajuda no tratamento de problemas reumáticos, por conter sesquiterpeno como o alfa-humuleno e o trans-cariofleno, que são compostos bioativos com propriedades anti-inflamatórias e analgésicas.

Por isso, essa planta medicinal é popularmente usada para aliviar sintomas de condições como artrite reumatoide, artrose, reumatismo, gota e dores na coluna.

2. Tem ação cicatrizante

A erva-baleeira tem ação cicatrizante, sendo muito usada para tratar ferimentos e lesões.

Isso é possível porque esta planta medicinal atua na regeneração dos tecidos, estimulando a formação de novos tecidos e colágeno, e controlando a inflamação no local.

Leia também: 6 passos para cicatrizar uma ferida mais rápido tuasaude.com/como-curar-uma-ferida

3. Ajuda a tratar problemas digestivos

A erva-baleeira ajuda a tratar problemas digestivos, porque possui flavonoides e terpenos, compostos bioativos com propriedades antiulcerogênicas e protetoras da parede do estômago.

Assim, a erva-baleeira pode ser usada na forma de chás para complementar o tratamento de problemas como úlceras gástricas e sintomas gástricos e intestinais em geral.

4. Diminui o risco de doenças crônicas

Por possuir compostos bioativos antioxidantes e que controlam as inflamações, como flavonoides, terpenos e taninos, a erva-baleeira ajuda a diminuir o risco de doenças crônicas, como diabetes, pressão alta e câncer, por exemplo.

Leia também: 19 principais doenças crônicas (e como tratar) tuasaude.com/doencas-cronicas

Como usar

Os principais usos da erva-baleeira são:

1. Chá de erva-baleeira

O chá de erva-baleeira pode ser feito com as folhas secas ou frescas dessa planta.

Ingredientes:

  • 1 colher de sobremesa das folhas secas ou até 6 folhas frescas rasuradas de folha de erva-baleeira;
  • 200 ml de água.

Modo de preparo:

Ferver a água numa panela ou chaleira. Apagar o fogo e acrescentar as folhas de erva-baleeira, tampar e deixar repousar por 10 minutos. Coar e beber até 3 vezes ao dia e por até 2 semanas.

O chá de erva-baleeira também pode ser aplicado na pele, para ajudar a tratar dores e problemas reumáticos. Para isso, basta molhar um pano limpo ou gaze na infusão ainda morna e aplicar no local afetado 3 vezes ao dia.

2. Tintura de erva baleeira

A tintura de erva-baleeira pode ser usada na forma de compressas para dores reumáticas, dores musculares, dores na coluna e contusões.

Ingredientes:

  • 100g de folhas frescas e rasuradas de erva-baleeira;
  • 1 litro de álcool 70%.

Modo de preparo:

Colocar as folhas de erva-baleeira e o álcool em uma garrafa de vidro escura. Deixar a garrafa armazenada em local protegido da luz e umidade, e deixar descansar por no mínimo 15 dias antes de usar, agitando-se levemente a mistura diariamente.

Após os 15 dias, coar a mistura com um coador de café de pano ou um filtro de papel, transferir o líquido para um novo frasco escuro e etiquetar, adicionando o nome da planta e a data de preparo.

O pote deve ser bem tampado e armazenado em local fresco e protegido da luz, e o prazo de prazo de validade das tinturas varia de 1 a 2 anos.

Essa tintura pode ser usada em compressas, com auxílio de algodão ou gaze, massageando o local, para aliviar dores musculares, contusões e processos inflamatórios.

Leia também: Como fazer tintura de ervas (em 10 passos) tuasaude.com/como-fazer-tintura-com-plantas-medicinais

3. Cremes, pomadas e géis

Os cremes, as pomadas e os géis de erva-baleeira podem ser encontrados em farmácias ou lojas de manipulação.

Estes produtos podem ser aplicados na pele, para ajudar a aliviar as inflamações e dores musculoesqueléticas, como tendinite, lombalgia, contusões.

4. Culinária

A erva-baleeira é considerada uma Planta Alimentícia Não Convencional (PANC), sendo muito usada como condimento.

Por possuir um sabor similar a temperos prontos ou caldo de carne, essa planta é geralmente adicionada em carnes, sopas, feijão ou caldos de legumes ou frango, por exemplo.

No entanto, como o calor excessivo danifica os óleos essenciais da erva-baleeira responsáveis pelo sabor, é indicado adicionar essa erva em preparações abaixo de 100 ºC, sendo o ideal em torno de 60ºC.

Leia também: PANCs: o que são, principais plantas e como consumir (com receitas) tuasaude.com/pancs

Possíveis efeitos colaterais

A erva-baleeira geralmente é bem tolerada. No entanto, a ingestão do chá dessa planta medicinal pode causar aumento na produção de urina como principal efeito colateral.

Além disso, o uso tópico da erva-baleeira também pode causar hipersensibilidade e reações alérgicas. Nestes casos, deve-se interromper imediatamente o uso desta planta medicinal e procurar um atendimento médico.

Quem não pode usar

Pessoas com alergia à esta planta, não devem usar a erva-baleeira.

Além disso, a erva-baleeira não deve ser usada, na sua forma oral, por mulheres grávidas ou amamentando, devido à falta de dados suficientes que garantam a segurança para o bebê nestas fases.

Crianças com menos de 18 anos também não devem ingerir a erva-baleeira.

Na forma tópica, a erva-baleeira é contraindicada para crianças com menos de 12 anos e para pessoas com feridas abertas.

Pessoas com problemas de saúde ou que estejam usando medicamentos, suplementos ou outros fitoterápicos, devem sempre consultar um médico antes de usar a erva-baleeira.

Dúvidas comuns sobre a erva-baleeira

Algumas dúvidas sobre a erva-baleeira são:

1. Erva-baleeira faz mal para o fígado?

Não existem evidências de que a Erva-baleeira faz mal para o fígado, pois esta planta possui uma baixa toxicidade e não costuma sobrecarregar esse órgão.

No entanto, pessoas com doença crônica no fígado devem sempre consultar o médico antes de usar qualquer planta medicinal.

Isto porque esse órgão é um dos principais responsáveis por metabolizar e eliminar as substâncias no organismo.

2. Erva-baleeira emagrece?

A erva-baleeira não emagrece, porque não favorece o controle da saciedade ou atua no metabolismo de energia do corpo.

Para emagrecer, é fundamental fazer um déficit calórico, que consiste em gastar mais energia do que se consome. Isto pode ser alcançado com a prática regular de exercícios físicos e uma dieta saudável.

3. Quais os outros nomes da erva-baleeira?

Os outros nomes populares da erva-baleeira incluem catinga-de-barão, caramona, mijo-de-grilo, milho-de-grilo, cordia, erva-balieira, balieira cambará, erva-preta, maria-milagrosa, cheiro-de-tempêro e camaramomeira-do-brejo.

4. Erva-baleeira possui benefícios para os rins?

A erva-baleeira poderia ter benefícios para os rins, por ter uma leve ação diurética, o que ajuda na produção e eliminação de urina pelos rins.

No entanto, essa planta possui benefícios limitados para os rins e, por isso, não é  indicada para ajudar no tratamento de problemas neste órgão.



source https://www.tuasaude.com/erva-baleeira/

Teste de DNA: para que serve e como é feito

O teste de DNA é um exame feito com o objetivo de analisar o material genético da pessoa, identificando possíveis alterações no DNA e verificando a probabilidade do desenvolvimento de algumas doenças.

Além disso, o teste de DNA é utilizado nos testes de paternidade, podendo ser feito com qualquer material biológico, como sangue, fios de cabelo ou saliva.

Leia também: Teste de paternidade: o que é, tipos e como é feito tuasaude.com/teste-de-paternidade

O preço do exame varia de acordo com o laboratório em que é realizado, objetivo e marcadores genéticos avaliados. O resultado pode ser liberado em 24 horas, quando o objetivo é avaliar o genoma total da pessoa, ou algumas semanas quando o teste é feito para verificar o grau de parentesco.

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Para que serve

O exame de DNA pode identificar possíveis alterações no DNA da pessoa, podendo indicar a probabilidade do desenvolvimento de doenças e a chance de ser transmitida para as futuras gerações, além de ser útil para saber suas origens e seus ancestrais. Assim, algumas doenças que o teste de DNA pode identificar são:

  • Vários tipos de câncer;
  • Doenças cardíacas;
  • Alzheimer;
  • Diabetes tipo 1 e tipo 2;
  • Síndrome das pernas inquietas;
  • Intolerância à lactose;
  • Mal de Parkinson;
  • Lúpus.

Além de ser utilizado na investigação de doenças, o exame de DNA também pode ser utilizado no aconselhamento genético, que é um processo de quem como objetivo identificar alterações no DNA que possam ser transmitidas para a futura geração e a probabilidade dessas alterações resultarem em doença. Entenda o que é e como é feito o aconselhamento genético.

Exame de DNA para teste de paternidade

O exame de DNA também pode ser realizado para verificar o grau de parentesco entre pai e filho. Para realizar esse teste, é preciso que seja coletada uma amostra biológica da mãe, do filho e do suposto pai, que é enviada para o laboratório para que seja feita a análise.

Apesar do exame ser mais frequentemente realizado após o nascimento, também pode ser feito ainda durante a gestação. Veja como é feito o teste de paternidade.

Como é feito

O teste de DNA pode ser feito a partir de qualquer amostra biológica, como sangue, fios de cabelo ou saliva, por exemplo. No caso do teste de DNA realizado com sangue, é necessária que a coleta seja realizada em um laboratório de confiança e a amostra seja enviada para a análise.

No entanto, existem alguns kits para coleta domiciliar que podem ser adquiridos pela internet ou em alguns laboratórios. Nesse caso, a pessoa deve esfregar o cotonete contido no kit na parte interna das bochechas ou cuspindo dentro de um recipiente próprio e enviar ou levar a amostra para o laboratório.

No laboratório, são realizadas análises moleculares para que possa ser analisada toda a estrutura do DNA humano e, assim, verificar possíveis alterações ou compatibilidade entre as amostras, no caso da paternidade, por exemplo.



source https://www.tuasaude.com/exame-de-dna/

quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

Deficiência intelectual: o que é, sintomas, exemplos e tratamento

A deficiência intelectual é uma condição do desenvolvimento que afeta a capacidade de aprender, raciocinar, comunicar e adaptar-se ao ambiente. Geralmente manifesta-se na infância e pode variar de leve a profunda.

As causas dessa condição podem incluir distúrbios genéticos, complicações durante a gravidez ou lesões cerebrais precoces. Devido aos avanços na saúde e na educação, muitas pessoas com deficiência intelectual alcançam uma boa qualidade de vida quando recebem o diagnóstico e o apoio adequados.

O tratamento da deficiência intelectual é feito por meio de educação especial, terapias de estimulação, apoio psicológico e programas de inclusão. O apoio médico e terapêutico é fundamental para promover o desenvolvimento e a independência da pessoa com esta condição.

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Sintomas de deficiência intelectual

Os principais sintomas e características da deficiência intelectual são:

  • Dificuldade em aprender e compreender novas informações;
  • Atraso no desenvolvimento da linguagem ou dificuldade na comunicação verbal e não verbal;
  • Problemas para resolver tarefas cotidianas que exigem raciocínio ou planejamento;
  • Dificuldade de adaptação a novos ambientes ou interação social;
  • Baixo desempenho acadêmico em comparação com outras crianças da mesma idade;
  • Perda de interesse em atividades complexas ou que exigem concentração prolongada;
  • Problemas de coordenação motora ou atrasos no desenvolvimento físico.

Os sintomas da deficiência intelectual podem variar dependendo da idade e do grau de deficiência intelectual.

Geralmente, são observados desde os primeiros anos de vida, quando a criança demora mais do que o habitual para falar, andar ou adquirir habilidades básicas.

Em estágios posteriores, as dificuldades em seguir instruções ou manter a atenção tornam-se mais evidentes.

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Exemplos de deficiência intelectual

Alguns exemplos de deficiência intelectual são:

1. Síndrome de Down

A síndrome de Down é um dos tipos mais comuns de deficiência intelectual. Essa condição é causada pela presença de um cromossomo extra no par 21, que afeta o desenvolvimento cerebral e físico.

Pessoas com essa condição geralmente apresentam características faciais típicas, tônus ​​muscular reduzido e diferentes níveis de dificuldade cognitiva. Com diagnóstico precoce e apoio educacional, pessoas com essa condição podem desenvolver habilidades sociais e profissionais.

Leia também: Síndrome de Down: o que é, características, causas e tratamento tuasaude.com/sindrome-de-down

2. Síndrome do X frágil

A síndrome do X frágil é uma alteração genética do cromossomo X que causa problemas no desenvolvimento cognitivo, de linguagem e comportamental. É mais comum em homens e pode estar associada à ansiedade, hiperatividade e autismo.

A estimulação precoce e as terapias de aprendizagem ajudam a melhorar a comunicação e a independência da pessoa com essa condição.

3. Transtorno do Espectro Autista com deficiência intelectual

Algumas pessoas com transtorno do espectro autista também apresentam deficiência intelectual.

Nesses casos, observa-se dificuldade em compreender conceitos abstratos, na comunicação e em estabelecer conexões sociais.

O tratamento deve incluir intervenção comportamental, apoio educacional e aconselhamento familiar para promover a adaptação e a inclusão.

Leia também: Transtorno do Espectro Autista (TEA): o que é, causas e tratamento tuasaude.com/transtorno-do-espectro-do-autismo

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico é feito por meio de uma avaliação clínica e psicológica que analisa tanto o funcionamento intelectual quanto as habilidades adaptativas.

Para confirmar o diagnóstico, os profissionais aplicam testes padronizados para medir o quociente de inteligência (QI), além de avaliar a capacidade de comunicação, socialização e resolução de problemas cotidianos.

O histórico médico e o desenvolvimento da criança ou do adulto também são avaliados, considerando o histórico familiar, a gravidez, o parto e quaisquer condições neurológicas. Em alguns casos, o médico pode solicitar estudos genéticos ou de neuroimagem para identificar causas específicas.

Classificação da deficiência intelectual

A classificação da deficiência intelectual inclui:

  • Deficiência intelectual leve: QI entre 50 a 69;
  • Deficiência intelectual moderada: QI entre 35 e 49;
  • Deficiência intelectual grave: QI entre 20 e 34;
  • Deficiência intelectual profunda: QI inferior a 20.

O diagnóstico da deficiência intelectual é feito por meio de testes padronizados para a análise da capacidade cognitiva, os quais permitem estabelecer o Quociente de Inteligência (QI).

Entretanto, o teste de QI não é validado para crianças com menos de 5 anos. Assim, para crianças abaixo de 5 anos que não atingem os marcos do desenvolvimento neuropsicomotor esperados para a faixa etária, são usados os termos “atraso global do desenvolvimento” ou “atraso do desenvolvimento neuropsicomotor”, que podem indicar a possibilidade de deficiência intelectual no futuro.

Leia também: QI: o que é, para que serve, como medir e como aumentar tuasaude.com/qi-quociente-de-inteligencia

Possíveis causas

As causas da deficiência intelectual são variadas e podem ocorrer antes, durante ou após o nascimento, incluindo:

  • Genéticas: anomalias cromossômicas como a síndrome de Down, mutações como a síndrome do X frágil e alguns erros inatos do metabolismo;
  • Pré-natais: infecções durante a gravidez, exposição ao álcool ou outras substâncias, desnutrição materna e condições médicas que afetam o desenvolvimento fetal;
  • Perinatais: prematuridade, baixo peso ao nascer, asfixia ou complicações no parto;
  • Pós-natais: infecções do sistema nervoso, traumatismo craniano, intoxicação por chumbo, convulsões mal controladas ou desnutrição grave.

No entanto, em muitos casos, a causa da deficiência intelectual não é identificada, mesmo após uma avaliação completa.

Como é feito o tratamento

O tratamento da deficiência intelectual baseia-se numa abordagem multidisciplinar que visa desenvolver as competências cognitivas, emocionais e sociais da pessoa.

Não existe cura, mas as terapias adequadas podem melhorar significativamente a autonomia e a qualidade de vida.

Assim, as principais estratégias de tratamento incluem:

  • Educação especial adaptada ao nível de compreensão e aprendizagem da pessoa;
  • Terapia ocupacional para estimular a coordenação e as atividades diárias;
  • Terapia da fala e da linguagem para melhorar a comunicação;
  • Psicoterapia ou terapia comportamental para gerir a ansiedade, o comportamento e as emoções;
  • Medicação, em casos de distúrbios associados, como epilepsia ou TDAH;
  • Apoio familiar e programas de inclusão social para promover a independência.

O acompanhamento regular com uma equipa especializada, que pode incluir neurologistas, psicólogos, terapeutas e educadores, é essencial para adequar o tratamento às necessidades de cada pessoa.

Se notar sinais de atraso no desenvolvimento ou dificuldades cognitivas persistentes, recomenda-se que consulte um médico para uma avaliação completa.

Leia também: Déficit cognitivo: o que é, sintomas, como tratar (e como prevenir) tuasaude.com/deficit-cognitivo

source https://www.tuasaude.com/deficiencia-intelectual/

Rapamicina: o que é, para que serve e efeitos colaterais

Rapamicina é um medicamento imunossupressor indicado para prevenir a rejeição de órgãos após transplante renal, em adultos, e para tratar uma doença pulmonar rara chamada linfangioleiomiomatose. 

Essa medicação está disponível principalmente em comprimidos de 1 mg ou 2 mg e solução oral, comercializado com nome Rapamune, cujo princípio ativo é o sirolimo.

A rapamicina deve ser usada somente com indicação do transplantologista, em casos de transplante de órgãos, ou do pneumologista, após avaliação adequada, não sendo um medicamento de uso livre ou disponível no SUS para todas as pessoas.

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Para que serve

A rapamicina é indicado para:

  • Prevenir a rejeição de órgãos em pessoas que receberam transplante renal;
  • Tratar a linfangioleiomiomatose em adultos, uma doença pulmonar rara.

A rapamicina também pode ser usada junto com outros medicamentos que diminuem a atividade do sistema imunológico, como ciclosporina e corticosteroides, para aumentar a proteção contra a rejeição do órgão transplantado.

Como funciona

A rapamicina reduz a atividade do sistema imunológico, agindo dentro das células bloqueando uma proteína chamada mTOR, que controla o crescimento e a multiplicação das células de defesa. Assim, ajuda o corpo a aceitar um órgão transplantado.

Leia também: mTOR: para que serve, tipos (e suplemento) tuasaude.com/mtor

Rapamicina natural

A rapamicina natural é a substância produzida originalmente por uma bactéria do solo da Ilha de Páscoa. Diferente da versão de laboratório, ela vem diretamente dessa bactéria.

Rapamicina e envelhecimento

A rapamicina tem sido estudada no contexto da longevidade porque pode retardar processos associados ao envelhecimento, como desgaste dos órgãos, inflamação e acúmulo de células danificadas, ajudando o corpo a \"envelhecer mais devagar\".

No entanto, as evidências científicas ainda são limitadas, e o uso da rapamicina para longevidade não é aprovado.

Como usar

A rapamicina é administrada por via oral, podendo ser usada na forma de comprimidos ou solução oral, com ou sem alimentos, conforme orientação médica. 

Os comprimidos estão disponíveis em drágeas de 1 mg e 2 mg e não devem ser quebrados, mastigados ou divididos, pois isso pode alterar a absorção do medicamento. 

A solução oral é indicada para pessoas que têm dificuldade de engolir comprimidos, permitindo que o médico escolha a forma mais adequada para cada caso. 

É importante tomar a rapamicina de forma consistente, todos os dias no mesmo horário, para garantir que o efeito do medicamento seja seguro e eficaz.

Posologia da rapamicina

A dose da rapamicina pode variar de acordo com a idade e a condição de saúde, podendo incluir:

1. Uso para prevenir a rejeição de órgãos

Para pessoas que receberam um transplante de rim, as doses de rapamicina variam conforme a idade e o peso:

Idade / Peso

Dose de ataque

Dose de manutenção

Adultos e adolescentes acima de 13 anos que pesam mais de 40 kg

6 mg em uma única vez logo após o transplante

2 mg por dia

Adolescentes com 13 anos ou mais, que pesem menos de 40 kg

3 mg/m², calculada pela superfície corporal, considerando peso e altura

1 mg/m² por dia

O ajuste de dose deve sempre ser feito baseado na resposta ao medicamento e em exames de sangue que medem os níveis de sirolimo no sangue.

Em pessoas com baixo ou moderado risco imunológico, a rapamicina é geralmente combinada com ciclosporina e corticosteroides. Quando a ciclosporina é retirada, a dose de rapamicina pode ser aumentada para manter os efeitos.

Já para pessoas de alto risco imunológico, como retransplantes ou casos com forte reação imunológica, a rapamicina pode ser associado a tacrolimo e corticosteroides, com doses de ataque maiores nos primeiros dias e manutenção ajustada para atingir níveis sanguíneos adequados.

2. Uso para linfangioleiomiomatose

No tratamento da linfangioleiomiomatose, a rapamicina é geralmente usada na dose de 2 mg por dia. 

Os níveis de sirolimo no sangue devem ser monitorados regularmente para mantê-los entre 5 e 15 ng/mL, e a dose pode ser ajustada conforme esses resultados.

Uma vez que a dose esteja estável, o monitoramento é feito aproximadamente a cada três meses.

Possíveis efeitos colaterais

Os efeitos colaterais mais comuns no uso da rapamicina incluem alterações nos níveis de colesterol e triglicerídeos, e possível redução temporária de células do sistema imune.

Alguns efeitos menos frequentes são tendência maior a infecções, dor de cabeça, náusea e mal‑estar geral, por reduzir a resposta imune.

Efeitos graves podem ocorrer como problemas no fígado ou sangramentos, pois o medicamento pode afetar órgãos importantes e a defesa natural do corpo. 

Além de infecção grave, causando sinais como febre alta e mal‑estar intenso, que exigem atenção médica imediata.

Quando não é indicado

O rapamicina não deve ser usado por pessoas com:

  • Alergia ao sirolimo ou a qualquer componente da fórmula;
  • Menores de 13 anos;
  • Síndrome de má absorção de glicose-galactose ou insuficiência de sacarose-isomaltase;
  • Risco de infecções graves não controladas, como infecções sistêmicas, pneumonia grave ou infecções oportunistas.

A rapamicina não deve ser usada durante a gravidez sem orientação médica, pois pode representar risco para o feto. Também não deve ser utilizada durante a amamentação, já que o medicamento pode passar para o leite e afetar o bebê.

O medicamento também não é indicado para transplantados de outros órgãos sem orientação médica específica, devido à falta de segurança e eficácia comprovadas para essas situações.



source https://www.tuasaude.com/rapamicina/

quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

Kesimpta: para que serve, como usar (e efeitos colaterais)

O Kesimpta é um medicamento imunobiológico indicado para tratar formas recorrentes da esclerose múltipla, aliviando os sintomas e retardando o avanço da doença.

Este remédio tem como princípio ativo o ofatumumabe, um anticorpo monoclonal que diminui a quantidade dos linfócitos B, ajudando a reduzir os ataques ao sistema nervoso central e as chances de surto da doença.

Leia também: Anticorpos monoclonais: o que são, tipos e para que servem tuasaude.com/anticorpos-monoclonais

O Kesimpta é comercializado na forma de injeção subcutânea, contendo 20 mg de ofatumumabe. Entretanto, este remédio deve ser usado somente com indicação médica, após uma avaliação adequada.

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Para que serve o Kesimpta

O Kesimpta pode ser indicado para o tratamento de adultos com formas recorrentes da esclerose múltipla, aliviando os sintomas e retardando a progressão da doença.

Este medicamento contém o princípio ativo ofatumumabe, que é um anticorpo monoclonal humano que atua no sistema imunológico, ligando-se a células chamadas linfócitos B, que participam do processo inflamatório da esclerose múltipla.

Ao diminuir a quantidade dos linfócitos B, o Kesimpta ajuda a reduzir os ataques ao sistema nervoso central, e consequentemente as chances de surto da doença.

Para entender melhor como funciona o Kesimpta, fale com um profissional Rede D\'Or especializado no uso de imunobiológicos.

Como usar

O Kesimpta é uma caneta injetável preenchida que deve ser administrada por via subcutânea, ou seja, logo abaixo da pele, na parte da frente das coxas, região inferior do abdômen ou parte superior externa do braço.

O passo a passo para aplicar o Kesimpta é:

  1. Retirar a caneta preenchida do refrigerador e deixar atingir a temperatura ambiente, o que leva entre 15 a 30 minutos;
  2. Olhar pelo visor da caneta e verificar se o líquido está límpido a ligeiramente turvo e se possui cor incolor a amarela;

  3. Não usar a caneta se o líquido contiver partículas visíveis ou estiver turvo. É normal que se possa ver uma pequena bolha de ar;

  4. Lavar as mãos com água e sabão.;

  5. Limpar o local de injeção com um lenço, algodão ou gaze embebida com álcool, em movimentos circulares e deixar a área secar antes de injetar, sem tocar novamente na área limpa;

  6. Retirar a tampa da seringa e usar a caneta em no máximo 5 minutos após. É normal verificar algumas gotas do medicamento saindo da agulha;

  7. Segurar a caneta a 90 graus em relação ao local de injeção e pressionar a caneta firmemente contra a pele;

  8. Administrar a injeção e, ao escutar o 1º clique, indica o início da injeção;

  9. Manter a caneta firmemente pressionada contra a pele e ao escutar o 2º clique, indica que a injeção está quase concluída;

  10. A caneta só pode ser removida quando o indicador verde preencher o visor e parar de se mover;

  11. Remover a caneta e descartá-la em um recipiente para descarte de materiais perfurocortantes;

  12. Se houver uma pequena quantidade de sangue no local da injeção, pode-se pressionar uma bola de algodão ou gaze sobre e segurá-la por 10 segundos, sem esfregar;

  13. Pode-se também cobrir o local da injeção com um pequeno curativo adesivo, se necessário.

O ofatumumabe deve ser armazenado sob refrigeração, entre 2ºC e 8ºC.

Além disso, a primeira injeção deste medicamento deve ser administrada sob a orientação de um profissional de saúde.

Posologia

A posologia inicial indicada do Kesimpta é de 20 mg nas semanas 1, 2 e 3. Na semana 4 não se deve aplicar a injeção.

A partir da semana 5 e depois, a dose recomendada é de 20 mg de ofatumumabe, que devem ser administradas mensalmente.

Pode-se usar este medicamento a qualquer momento do dia, como manhã, tarde e noite, na dose programada.

Em casos de esquecimento de uma injeção, ela deve ser administrada o quanto antes, não devendo-se esperar até a próxima dose programada. O intervalo de tratamento recomendado deve ser mantido nas doses seguintes.

Possíveis efeitos colaterais

Os possíveis efeitos colaterais mais comuns com o uso do Kesimpta incluem:

  • Infecção do trato respiratório superior, com sintomas como dor de garganta e coriza;
  • Infecções no trato urinário, com sintomas como dor ao urinar;
  • Reações no local da injeção, como vermelhidão, dor, coceira e inchaço;
  • Reações gerais relacionadas à injeção, como febre, dor de cabeça, dor muscular, dor nas costas, calafrios e cansaço;
  • Diminuição de uma proteína específica no sangue, a imunoglobulina M (IgM).

Reações sistêmicas relacionadas à injeção incluem erupção cutânea, urticária, dificuldade para respirar, angioedema e casos raros como anafilaxia. Nestes casos, deve-se procurar um atendimento médico de urgência e comunicar imediatamente ao médico.

Leia também: 8 sintomas de reação alérgica e o que fazer tuasaude.com/sintomas-da-reacao-alegica

Quem não deve usar

O Kesimpta não deve ser usado por pessoas com hipersensibilidade ao ofatumumabe ou qualquer componente da fórmula.

Pessoas com infeção por hepatite B ativa também não devem usar este medicamento. Por isso, o médico deve solicitar a realização de um exame de sangue para verificar se a pessoa possui ou teve hepatite B antes de usar o Kesimpta.

O médico pode adiar o início do uso deste medicamento para pessoas com infecção ativa, até que esta seja resolvida.

Não se deve tomar alguns tipos de vacinas antes e/ou durante o tratamento com o Kesimpta. Assim, deve-se sempre informar ao médico a toma recente de vacinas ou o planejamento da toma de algumas vacinas durante o tratamento com o ofatumumabe.

Além disso, deve-se comunicar ao médico se estiver tomando medicamentos imunossupressores.

Mulheres grávidas ou amamentando só podem usar o Kesimpta após uma avaliação cuidadosa do médico quanto aos riscos e benefícios deste remédio para a saúde da mãe e do bebê.



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Mucopolissacaridose: o que é, tipos, sintomas e tratamento

A mucopolissacaridose é um grupo de doenças genéticas que interferem na produção de enzimas envolvidas na digestão de mucopolissacarídeos, também conhecidos como glicosaminoglicanos, que ficam acumulados nos órgãos e tecidos.

Devido ao acúmulo desse açúcar no organismo, pode haver comprometimento de diversas funções no corpo, causando sinais e sintomas, como aumento do fígado e do baço, deformações dos ossos e das articulações e distúrbios visuais, por exemplo.

A mucopolissacaridose não tem cura, porém o médico pode indicar o tratamento que permita prevenir a evolução da doença e melhore a qualidade de vida para a pessoa, incluindo a reposição de enzimas, transplantes de medula óssea, fisioterapia ou uso de medicamentos.

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Principais sintomas

Os principais sintomas da mucopolissacaridose são:

  • Aumento do fígado e do baço;
  • Deformações ósseas;
  • Problemas nas articulações e mobilidade;
  • Baixa estatura;
  • Infecções respiratórias;
  • Hérnia umbilical ou inguinal;
  • Distúrbios respiratórios e cardiovasculares;
  • Problemas auditivos e visuais;
  • Apneia do sono;
  • Alterações no Sistema Nervoso Central;
  • Macrocefalia;
  • Atraso no desenvolvimento motor;
  • Limitação para movimentar a articulação da mandíbula;
  • Boca grande e língua maior do que o normal;
  • Hiperplasia da gengiva.

Os sintomas de mucopolissacaridose são progressivos e podem variar de acordo com o tipo da doença e local de maior acúmulo dos mucopolissacarídeos.

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Na presença de sinais e sintomas possivelmente indicativos de mucopolissacaridose, é importante consultar o clínico geral ou o geneticista seja consultado para que o tratamento possa ser iniciado logo em seguida.

Isso porque a expectativa de vida da pessoa com mucopolissacaridose é mais reduzida devido às complicações que podem surgir, em que há interferência no funcionamento do organismo.

Tipos de mucopolissacaridose

A mucopolissacaridose pode ser de vários tipos de acordo com a enzima que está em menores quantidades no organismo, sendo eles:

  • Tipo 1: Síndrome de Hurler, Hurler-Schele ou Schele, em que há deficiência da enzima alfa-iduronidase;
  • Tipo 2: Síndrome de Hunter, em que há deficiência da enzima iduronatosulfatase;
  • Tipo 3: Síndrome de Sanfilippo, em que há deficiência das enzimas heparan N-sulfatase, alfa-N-acetilglicosaminidase e acetil-coA;
  • Tipo 4: Síndrome de Morquio, em que há deficiência das enzimas galactose 6-sulfatase e betagalactosidase;
  • Tipo 6: Síndrome de Maroteux-Lamy, em que há deficiência da enzima arilsulfatase B;
  • Tipo 7: Síndrome de Sly, em que há deficiência da enzima beta-glicuronidase.

O tipo de mucopolissacaridose pode ser identificado por meio da avaliação dos sinais e sintomas apresentados pela pessoa, dosagem no sangue dos níveis das enzimas ou realização de teste genético para identificar a mutação.

Causas de mucopolissacaridose

A mucopolissacaridose é uma doença genética rara e hereditária, o que significa que passa de pais para filhos e caracterizada pela incapacidade do organismo em produzir algumas enzimas responsáveis por degradar os mucopolissacarídeos. 

Os mucopolissacarídeos são açúcares de cadeia longa, importantes para a formação de várias estruturas do corpo, como a pele, ossos, cartilagens e tendões, e que, apesar de se acumularem nestes tecidos, precisam de ser renovados, o que é feito por meio da atividade de enzimas específicas.

Assim, na mucopolissacaridose, devido a uma alteração genética há interferência no processo de produção dessa enzimas, de forma que o ciclo de renovação seja interrompido, levando ao acúmulo destes açúcares nas células do corpo, prejudicando o seu funcionamento e dando origem a outras doenças e malformações.

Como é feito o tratamento

O tratamento para a mucopolissacaridose deve ser feito de acordo com a orientação do médico e depende do tipo de alteração que a pessoa possui, sendo importante que seja iniciado assim que forem notados os primeiros sinais e sintomas da alteração, pois assim é possível prevenir complicações.

De forma geral, o tratamento consiste em repor a enzima que encontra-se deficiente no organismo. Dessa forma, é possível evitar que o mucopolissacarídeo fique acumulado e exista o desenvolvimento de complicações.

Além disso, o médico pode indicar a realização de tratamento mais específico para tratar os sintomas que a pessoa possa estar apresentando, podendo ser indicado em alguns casos a realização de transplante de medula óssea, sessões de fisioterapia e/ou acompanhamento com oftalmologista, ortopedista, neurologista, psicólogo, fonoaudiólogo e dentista, por exemplo.



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