quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

Kesimpta: para que serve, como usar (e efeitos colaterais)

O Kesimpta é um medicamento imunobiológico indicado para tratar formas recorrentes da esclerose múltipla, aliviando os sintomas e retardando o avanço da doença.

Este remédio tem como princípio ativo o ofatumumabe, um anticorpo monoclonal que diminui a quantidade dos linfócitos B, ajudando a reduzir os ataques ao sistema nervoso central e as chances de surto da doença.

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O Kesimpta é comercializado na forma de injeção subcutânea, contendo 20 mg de ofatumumabe. Entretanto, este remédio deve ser usado somente com indicação médica, após uma avaliação adequada.

Imagem ilustrativa número 1

Para que serve o Kesimpta

O Kesimpta pode ser indicado para o tratamento de adultos com formas recorrentes da esclerose múltipla, aliviando os sintomas e retardando a progressão da doença.

Este medicamento contém o princípio ativo ofatumumabe, que é um anticorpo monoclonal humano que atua no sistema imunológico, ligando-se a células chamadas linfócitos B, que participam do processo inflamatório da esclerose múltipla.

Ao diminuir a quantidade dos linfócitos B, o Kesimpta ajuda a reduzir os ataques ao sistema nervoso central, e consequentemente as chances de surto da doença.

Para entender melhor como funciona o Kesimpta, fale com um profissional Rede D\'Or especializado no uso de imunobiológicos.

Como usar

O Kesimpta é uma caneta injetável preenchida que deve ser administrada por via subcutânea, ou seja, logo abaixo da pele, na parte da frente das coxas, região inferior do abdômen ou parte superior externa do braço.

O passo a passo para aplicar o Kesimpta é:

  1. Retirar a caneta preenchida do refrigerador e deixar atingir a temperatura ambiente, o que leva entre 15 a 30 minutos;
  2. Olhar pelo visor da caneta e verificar se o líquido está límpido a ligeiramente turvo e se possui cor incolor a amarela;

  3. Não usar a caneta se o líquido contiver partículas visíveis ou estiver turvo. É normal que se possa ver uma pequena bolha de ar;

  4. Lavar as mãos com água e sabão.;

  5. Limpar o local de injeção com um lenço, algodão ou gaze embebida com álcool, em movimentos circulares e deixar a área secar antes de injetar, sem tocar novamente na área limpa;

  6. Retirar a tampa da seringa e usar a caneta em no máximo 5 minutos após. É normal verificar algumas gotas do medicamento saindo da agulha;

  7. Segurar a caneta a 90 graus em relação ao local de injeção e pressionar a caneta firmemente contra a pele;

  8. Administrar a injeção e, ao escutar o 1º clique, indica o início da injeção;

  9. Manter a caneta firmemente pressionada contra a pele e ao escutar o 2º clique, indica que a injeção está quase concluída;

  10. A caneta só pode ser removida quando o indicador verde preencher o visor e parar de se mover;

  11. Remover a caneta e descartá-la em um recipiente para descarte de materiais perfurocortantes;

  12. Se houver uma pequena quantidade de sangue no local da injeção, pode-se pressionar uma bola de algodão ou gaze sobre e segurá-la por 10 segundos, sem esfregar;

  13. Pode-se também cobrir o local da injeção com um pequeno curativo adesivo, se necessário.

O ofatumumabe deve ser armazenado sob refrigeração, entre 2ºC e 8ºC.

Além disso, a primeira injeção deste medicamento deve ser administrada sob a orientação de um profissional de saúde.

Posologia

A posologia inicial indicada do Kesimpta é de 20 mg nas semanas 1, 2 e 3. Na semana 4 não se deve aplicar a injeção.

A partir da semana 5 e depois, a dose recomendada é de 20 mg de ofatumumabe, que devem ser administradas mensalmente.

Pode-se usar este medicamento a qualquer momento do dia, como manhã, tarde e noite, na dose programada.

Em casos de esquecimento de uma injeção, ela deve ser administrada o quanto antes, não devendo-se esperar até a próxima dose programada. O intervalo de tratamento recomendado deve ser mantido nas doses seguintes.

Possíveis efeitos colaterais

Os possíveis efeitos colaterais mais comuns com o uso do Kesimpta incluem:

  • Infecção do trato respiratório superior, com sintomas como dor de garganta e coriza;
  • Infecções no trato urinário, com sintomas como dor ao urinar;
  • Reações no local da injeção, como vermelhidão, dor, coceira e inchaço;
  • Reações gerais relacionadas à injeção, como febre, dor de cabeça, dor muscular, dor nas costas, calafrios e cansaço;
  • Diminuição de uma proteína específica no sangue, a imunoglobulina M (IgM).

Reações sistêmicas relacionadas à injeção incluem erupção cutânea, urticária, dificuldade para respirar, angioedema e casos raros como anafilaxia. Nestes casos, deve-se procurar um atendimento médico de urgência e comunicar imediatamente ao médico.

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Quem não deve usar

O Kesimpta não deve ser usado por pessoas com hipersensibilidade ao ofatumumabe ou qualquer componente da fórmula.

Pessoas com infeção por hepatite B ativa também não devem usar este medicamento. Por isso, o médico deve solicitar a realização de um exame de sangue para verificar se a pessoa possui ou teve hepatite B antes de usar o Kesimpta.

O médico pode adiar o início do uso deste medicamento para pessoas com infecção ativa, até que esta seja resolvida.

Não se deve tomar alguns tipos de vacinas antes e/ou durante o tratamento com o Kesimpta. Assim, deve-se sempre informar ao médico a toma recente de vacinas ou o planejamento da toma de algumas vacinas durante o tratamento com o ofatumumabe.

Além disso, deve-se comunicar ao médico se estiver tomando medicamentos imunossupressores.

Mulheres grávidas ou amamentando só podem usar o Kesimpta após uma avaliação cuidadosa do médico quanto aos riscos e benefícios deste remédio para a saúde da mãe e do bebê.



source https://www.tuasaude.com/kesimpta/

Mucopolissacaridose: o que é, tipos, sintomas e tratamento

A mucopolissacaridose é um grupo de doenças genéticas que interferem na produção de enzimas envolvidas na digestão de mucopolissacarídeos, também conhecidos como glicosaminoglicanos, que ficam acumulados nos órgãos e tecidos.

Devido ao acúmulo desse açúcar no organismo, pode haver comprometimento de diversas funções no corpo, causando sinais e sintomas, como aumento do fígado e do baço, deformações dos ossos e das articulações e distúrbios visuais, por exemplo.

A mucopolissacaridose não tem cura, porém o médico pode indicar o tratamento que permita prevenir a evolução da doença e melhore a qualidade de vida para a pessoa, incluindo a reposição de enzimas, transplantes de medula óssea, fisioterapia ou uso de medicamentos.

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Principais sintomas

Os principais sintomas da mucopolissacaridose são:

  • Aumento do fígado e do baço;
  • Deformações ósseas;
  • Problemas nas articulações e mobilidade;
  • Baixa estatura;
  • Infecções respiratórias;
  • Hérnia umbilical ou inguinal;
  • Distúrbios respiratórios e cardiovasculares;
  • Problemas auditivos e visuais;
  • Apneia do sono;
  • Alterações no Sistema Nervoso Central;
  • Macrocefalia;
  • Atraso no desenvolvimento motor;
  • Limitação para movimentar a articulação da mandíbula;
  • Boca grande e língua maior do que o normal;
  • Hiperplasia da gengiva.

Os sintomas de mucopolissacaridose são progressivos e podem variar de acordo com o tipo da doença e local de maior acúmulo dos mucopolissacarídeos.

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Na presença de sinais e sintomas possivelmente indicativos de mucopolissacaridose, é importante consultar o clínico geral ou o geneticista seja consultado para que o tratamento possa ser iniciado logo em seguida.

Isso porque a expectativa de vida da pessoa com mucopolissacaridose é mais reduzida devido às complicações que podem surgir, em que há interferência no funcionamento do organismo.

Tipos de mucopolissacaridose

A mucopolissacaridose pode ser de vários tipos de acordo com a enzima que está em menores quantidades no organismo, sendo eles:

  • Tipo 1: Síndrome de Hurler, Hurler-Schele ou Schele, em que há deficiência da enzima alfa-iduronidase;
  • Tipo 2: Síndrome de Hunter, em que há deficiência da enzima iduronatosulfatase;
  • Tipo 3: Síndrome de Sanfilippo, em que há deficiência das enzimas heparan N-sulfatase, alfa-N-acetilglicosaminidase e acetil-coA;
  • Tipo 4: Síndrome de Morquio, em que há deficiência das enzimas galactose 6-sulfatase e betagalactosidase;
  • Tipo 6: Síndrome de Maroteux-Lamy, em que há deficiência da enzima arilsulfatase B;
  • Tipo 7: Síndrome de Sly, em que há deficiência da enzima beta-glicuronidase.

O tipo de mucopolissacaridose pode ser identificado por meio da avaliação dos sinais e sintomas apresentados pela pessoa, dosagem no sangue dos níveis das enzimas ou realização de teste genético para identificar a mutação.

Causas de mucopolissacaridose

A mucopolissacaridose é uma doença genética rara e hereditária, o que significa que passa de pais para filhos e caracterizada pela incapacidade do organismo em produzir algumas enzimas responsáveis por degradar os mucopolissacarídeos. 

Os mucopolissacarídeos são açúcares de cadeia longa, importantes para a formação de várias estruturas do corpo, como a pele, ossos, cartilagens e tendões, e que, apesar de se acumularem nestes tecidos, precisam de ser renovados, o que é feito por meio da atividade de enzimas específicas.

Assim, na mucopolissacaridose, devido a uma alteração genética há interferência no processo de produção dessa enzimas, de forma que o ciclo de renovação seja interrompido, levando ao acúmulo destes açúcares nas células do corpo, prejudicando o seu funcionamento e dando origem a outras doenças e malformações.

Como é feito o tratamento

O tratamento para a mucopolissacaridose deve ser feito de acordo com a orientação do médico e depende do tipo de alteração que a pessoa possui, sendo importante que seja iniciado assim que forem notados os primeiros sinais e sintomas da alteração, pois assim é possível prevenir complicações.

De forma geral, o tratamento consiste em repor a enzima que encontra-se deficiente no organismo. Dessa forma, é possível evitar que o mucopolissacarídeo fique acumulado e exista o desenvolvimento de complicações.

Além disso, o médico pode indicar a realização de tratamento mais específico para tratar os sintomas que a pessoa possa estar apresentando, podendo ser indicado em alguns casos a realização de transplante de medula óssea, sessões de fisioterapia e/ou acompanhamento com oftalmologista, ortopedista, neurologista, psicólogo, fonoaudiólogo e dentista, por exemplo.



source https://www.tuasaude.com/mucopolissacaridose/

Kesimpta: para que serve, como usar (e efeitos colaterais)

O Kesimpta é um medicamento imunobiológico indicado para tratar formas recorrentes da esclerose múltipla, aliviando os sintomas e retardando...