sexta-feira, 26 de dezembro de 2025

Sistema respiratório: funções, órgãos e principais doenças

A anatomia do sistema respiratório é composta por órgãos, como fossas nasais, traqueia, brônquios e pulmões, responsáveis por transportar o ar para dentro dos pulmões para depois ser expelido para o exterior, permitindo a respiração, a fala e a percepção de odores.

O principal objetivo da respiração é levar o oxigênio para todas as células do corpo e eliminar o gás carbônico, que é o resultado do oxigênio utilizado pelas células.

Leia também: Como respirar corretamente: 4 técnicas e benefícios tuasaude.com/como-respirar-corretamente

Esse processo ocorre em duas fases, a inspiração e a expiração, e apesar desse processo acontecer a todo tempo de forma involuntária, existem muitos órgãos envolvidos para que o processo de respiração ocorra.

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Órgãos do sistema respiratório

Os principais órgãos que fazem parte da anatomia do sistema respiratório são: 

1. Fossas nasais

O trato respiratório superior se inicia no nariz, onde se encontram as fossas nasais, que vão desde a entrada das narinas até a faringe, sendo o local de entrada do ar  no corpo.

As fossas nasais contêm as glândulas sebáceas e os folículos pilosos que impedem a entrada de partículas nocivas, como vírus ou bactérias, ou estranhas na cavidade nasal.

Além disso, as fossas nasais ao perceber a presença de microrganismos, o sistema de defesa do corpo é ativado.

2. Seios paranasais

Os seios paranasais são cavidades cheias de ar presentes ao redor do nariz, cuja função é umedecer e aquecer o ar que entra pelo nariz, além de diminuir o peso do crânio e dos ossos do rosto, amortecer pancadas e atuar como \"caixa\" para projeção da voz.

Além disso, a membrana mucosa e o epitélio respiratório, que se encontram tanto na cavidade nasal quanto nos seios paranasais, retêm partículas, poeira ou bactérias que podem ser prejudiciais ao organismo.

3. Faringe

Depois de passar pelo nariz e pelos seios paranasais, o ar inalado sai pelas coanas nasais e chega à faringe.

A faringe é um tubo muscular em forma de funil que contém três partes que são:

  • Nasofaringe: é a parte superior da faringe e serve apenas para a passagem de ar. No processo de deglutição, ocorrem processos que fazem com que a nasofaringe se feche, para evitar que o alimento que engolimos entre na cavidade nasal;
  • Orofaringe: está localizada posteriormente à cavidade oral e serve como via de passagem tanto para o ar que entra pela nasofaringe quanto para o alimento que entra pela cavidade oral;
  • Laringofaringe ou hipofaringe: é a parte mais baixa da faringe que representa o ponto em que os sistemas digestivo e respiratório se dividem.

Na parte da frente, a laringofaringe continua com a laringe, enquanto na parte de trás continua com o esôfago no sistema digestivo.

4. Laringe

A laringe é uma estrutura completamente oca que se situa anteriormente ao esôfago, e sua principal função é conduzir o ar para as próximas estruturas do sistema digestivo.

Além disso, a laringe também protege as cordas vocais, que são muito importantes para a produção da voz.  

Por outro lado, a epiglote fecha a entrada da laringe durante a deglutição, para evitar que alimentos ou líquidos entrem no trato respiratório inferior.

5. Traqueia

A traqueia é a primeira porção do trato respiratório inferior responsável por transportar o ar das vias aéreas superiores para o parênquima pulmonar.

A traqueia está localizada no mediastino e representa o tronco braquial, do qual se dividem os brônquios esquerdo e direito, um para cada pulmão.

6. Brônquios e bronquíolos

Após a traqueia, o ar entra nos brônquios, que são duas estruturas que se assemelham a uma árvore de cabeça para baixo e, por isso, também é chamado de árvore brônquica.

Os brônquios ainda se subdividem em vias menores, que são os bronquíolos, que servem como um caminho para o ar que vem de fora dos pulmões circular para dentro dos pulmões e vice-versa.

Além disso, os  bronquíolos são repletos de pequenos cílios e que produzem muco (catarro) que serve para eliminar os microrganismos e e partículas que entram no ar.

7. Pulmões

Os pulmões são dois órgãos que estão presentes na cavidade torácica e que se dividem em lóbulos, de forma que o pulmão direito possui três lóbulos e o esquerdo possui dois, sendo menor.

Os pulmões possuem alvéolos pulmonares e tem como função expandir e contrair à medida que o ar da respiração entre e sai do corpo.

8. Alvéolos

A última estrutura do sistema respiratório são os alvéolos pulmonares, que estão diretamente ligados aos vasos sanguíneos, passando o oxigênio para o sangue, onde poderá chegar a todas as células do corpo.

Esse processo chama-se troca gasosa, porque além de levar o oxigênio para o sangue, o alvéolo retira o dióxido de carbono presente no sangue.

O sangue rico em oxigênio circula pelas artérias, enquanto que o sangue com dióxido de carbono circula pelas veias. Ao expirar, todo o gás carbônico é eliminado.

Para ajudar no movimento da respiração, existem também os músculos respiratórios (intercostais) e o diafragma.

Funções do sistema respiratório

As principais funções do sistema respiratório são:

Função Como acontece
Trocas gasosas

As trocas gasosas envolvem a oxigenação do sangue e a remoção do dióxido de carbono.

Isso ocorre nos alvéolos, onde o oxigênio se difunde no sangue e o dióxido de carbono é removido.

Filtragem do ar As vias aéreas, como o nariz e os brônquios, são revestidas por membranas mucosas e cílios que filtram o ar inalado, retendo partículas de poeira, bactérias e outros poluentes, o que ajuda a manter os pulmões limpos.
Regulação da temperatura e da umidade O sistema respiratório aquece e umidifica o ar que é inalado, o que protege as estruturas internas do trato respiratório e dos pulmões.
Possibilitar a fala A laringe possibilita a produção de sons e a fala por meio da vibração das cordas vocais à medida que o ar passa por elas.
Sentir cheiros (olfato) O olfato ocorre na cavidade nasal, onde as células receptoras olfativas detectam as moléculas de odor no ar, enviando sinais ao cérebro.
Regular o pH

O sistema respiratório ajuda a manter o equilíbrio ácido-base do corpo, regulando a quantidade de dióxido de carbono no sangue.

Um aumento no dióxido de carbono pode levar a uma diminuição do pH, e o sistema respiratório responde ajustando a frequência respiratória.

Contribuir para o sistema imunológico O sistema respiratório contribui para o sistema imunológico ao reter e eliminar patógenos e partículas estranhas por meio de mecanismos como os reflexos de tosse e espirro.

Essas funções do sistema respiratório são essenciais para a manutenção da homeostase e o bem-estar geral do organismo.

Como acontece a respiração

A respiração ocorre espontaneamente, desde o nascimento, sem a necessidade de aprender a fazê-la, pois é controlada pelo sistema nervoso autônomo.

Para que o processo de respiração ocorra, a pessoa inspira o ar atmosférico, que passa pelas narinas, pela faringe, laringe e traqueia e chega aos pulmões, onde passa pelos brônquios e bronquíolos, até finalmente chegar aos alvéolos, onde o oxigênio passa diretamente para o sangue.

Inspiração e expiração

A respiração pode ser divida em duas etapas principais, que acontecem da seguinte forma:

  • Inspiração: os músculos respiratórios localizados entre as costelas se contraem e o diafragma desce, aumentando o espaço para que os pulmões fiquem cheios de ar, o que faz com que a pressão interna diminua;
  • Expiração: os músculos respiratórios e o diafragma relaxam, o diafragma sobe, o volume da caixa torácica diminui, a pressão interna aumenta e o ar sai dos pulmões.

A falta de ar ocorre quando há alguma alteração no sistema respiratório, o que impede a entrada ou saída de ar e, portanto, torna as trocas gasosas ineficazes, o que por sua vez faz com que o sangue tenha mais dióxido de carbono do que oxigênio.

O dióxido de carbono é um produto residual produzido quando o corpo usa alimentos para obter energia e é eliminado pelos pulmões durante o processo de expiração.

Principais doenças do sistema respiratório

Alguns exemplos de doenças comuns do sistema respiratório são:

1. Gripe ou resfriado

A gripe e o resfriado acontecem quando vírus entram no sistema respiratório.

No resfriado o vírus está apenas nas fossas nasais e pode chegar até a faringe, causando congestão nasal e desconforto.

No caso da gripe o vírus pode chegar aos pulmões havendo febre e muito catarro no peito. Saiba quais são e como tratar os sintomas da gripe.

2. Sinusite

A sinusite é causada por uma inflamação da mucosa dos seios nasais, que resulta no acúmulo de fluido nos seios nasais, causando dor de cabeça, coriza e sensação de peso no rosto, especialmente na testa e nas bochechas.

Leia também: Sinusite: o que é, sintomas, causas, tipos e tratamento tuasaude.com/sinusite

3. Asma

A asma acontece em períodos em que a pessoa apresenta uma estreitamento dos brônquios ou bronquíolos, havendo uma pequena produção de muco.

Isso faz com que o ar passe com mais dificuldade por estas estruturas e a pessoa emite um som agudo à cada inspiração.

Leia também: 8 principais sintomas de asma tuasaude.com/sintomas-de-asma

4. Bronquite

A bronquite causa uma contração e inflamação dos brônquios e bronquíolos.

O resultado dessa inflamação é a produção de muco, que pode ser expelido em forma de catarro, mas que também pode ser engolido ao chegar na faringe, sendo direcionado para o estômago.

Leia também: Catarro: o que significa cada cor (verde, branco, amarelo...) tuasaude.com/quando-o-catarro-e-sinal-de-alerta

5. Alergia

A alergia acontece quando o sistema imune é muito reativo e entende que certas substâncias presentes no ar são muito prejudiciais à saúde, causando sinais de alerta sempre que a pessoa é exposta à poeira, perfumes ou pólen, por exemplo.

Isso pode causar rinite alérgica, sinusite alérgica ou tosse alérgica.

Leia também: Rinite alérgica: sintomas, o que causa e tratamento (tem cura?) tuasaude.com/tratamento-para-rinite-alergica

6. Pneumonia

A pneumonia normalmente é causada pela entrada de vírus ou bactérias, mas também pode acontecer devido a presença de objetos estranhos, restos de comida ou de vômito dentro dos pulmões, causando febre e dificuldade respiratória.

Uma gripe pode piorar e causar pneumonia, mas o resfriado não tem essa possibilidade. Confira todos os sinais e sintomas da pneumonia

7. Tuberculose

A tuberculose ocorre quando uma bactéria entra nos pulmões pelas vias respiratórias, causando febre, tosse com muito catarro, e por vezes com sangue.

Essa doença é muito contagiosa e passa pelo ar pelo contato com as secreções do indivíduo doente.

O tratamento é de extrema importância porque o bacilo pode chegar ao sangue e se espalhar pelo corpo, causando tuberculose fora dos pulmões.

Quando ir ao médico

Sempre que existem sintomas como dificuldade para respirar, chiado no peito ao inspirar, febre, tosse com catarro ou com sangue é importante consultar o pneumologista ou otorrinolaringologista.

Marque uma consulta com o pneumologista mais próximo para avaliar mais detalhadamente o sistema respiratório:

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Desta forma, o médico deve avaliar o sistema respiratório, identificar se existem alguma doença que esteja causando esses sintomas, iniciando o tratamento mais adequado.

Qual o médico que trata de doenças respiratórias?

No caso de sintomas mais mais comuns como gripe ou resfriado pode-se marcar uma consulta com um clínico geral ou otorrinolaringologista.

Esse médico pode auscultar os pulmões, verificar se há febre e observar outros sinais e sintomas característicos de doenças respiratórias.

Leia também: 10 doenças pulmonares: sintomas e tratamento tuasaude.com/doenca-pulmonar

No caso de doenças crônicas, como asma ou bronquite, pode ser indicado buscar ajuda de um médico especialista em pneumologia, pois é especializado nesses tipos de doença, tendo maior capacitação para orientar o tratamento e o seguimento por toda vida da pessoa.



source https://www.tuasaude.com/sistema-respiratorio/

Menstruação com coágulos: é normal? 11 causas e o que fazer

A menstruação com coágulos é uma situação normal e acontece devido a desequilíbrio nos hormônios da mulher. Quando ocorre esse desequilíbrio hormonal, o revestimento das paredes internas do útero pode engrossar, provocando um sangramento mais abundante e a formação de coágulo.

No entanto, em alguns casos, a presença de coágulos no sangramento menstrual pode ser sinal de doenças, como endometriose, adenomiose, pólipos endometriais, miomas, ou ser consequência do uso de alguns medicamentos ou dispositivo intrauterino (DIU), por exemplo.

Como é uma situação normal, a menstruação com coágulos não necessita de tratamento. Porém, é importante que o ginecologista seja consultado para que sejam realizados exames que permitam descartar ou confirmar as doenças ginecológicas e, nesse caso, iniciar o tratamento mais adequado.

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Menstruação com coágulo é normal?

A menstruação com coágulos é considerada uma situação normal. De forma geral, acontece porque o sangue fica acumulado dentro do útero, o que favorece a coagulação naturalmente, havendo a liberação dos coágulos durante a menstruação.

Apesar de ser normal, é importante que o ginecologista seja informado, principalmente se existirem outros sinais e sintomas associados, como menstruação irregular e cólica intensa, pois pode ser indicativo de doenças ginecológicas que necessitam de tratamento específico.

Principais causas

Quando a mulher apresenta mais de 2 ciclos menstruais com a menstruação com pedaços, isso pode significar:

1. Aborto

Os coágulos de sangue na menstruação podem indicar um aborto espontâneo no 1º trimestre de gestação, especialmente se a cor é ligeiramente amarelada ou acinzentada. Veja que outros sintomas podem ajudar a identificar um aborto.

O que fazer: para confirmar se ocorreu um aborto é muito importante ir no ginecologista para que seja solicitada a realização do exame beta hcg.

Porém se o sangramento for muito abundante deve-se ir rapidamente ao hospital para iniciar o tratamento adequado e impedir a perda de muito sangue. Na maioria dos casos, o aborto acontece nas primeiras semanas de gravidez e o sangramento dura apenas entre 2 a 3 dias.

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2. Pólipos endometriais

Os pólipos endometriais são pequenos crescimentos benignos no revestimento interno do útero, o endométrio, que se formam quando as células dessa região se multiplicam de forma anormal.

Esses pólipos podem interferir na descamação normal do tecido uterino durante a menstruação e favorecer um sangramento mais abundante ou irregular, o que aumenta as chances de coágulos e fragmentos de tecido durante o período.

Leia também: Pólipo endometrial: o que é, sintomas, causas e tratamento tuasaude.com/polipo-endometrial

O que fazer: é recomendado consultar o ginecologista para que sejam realizados exames, como o ultrassom transvaginal ou a histerossonografia, para confirmar o diagnóstico e verificar as características do pólipo.

De acordo com o tamanho do pólipo, sintomas e idade da mulher, o médico pode indicar a realização de acompanhamento regular ou a extração do pólipo por meio de cirurgia.

3. Endometriose

A endometriose é caracterizada pelo crescimento do tecido do endométrio fora do útero, que pode provocar menstruação abundante, dor intensa e formação de coágulos.

Essa condição normalmente está associada a outras alterações ginecológicas, como adenomiose, pólipos endometriais ou hiperplasia uterina, que alteram a estrutura e a capacidade de contração do útero, interferindo diretamente no sangramento.

Além disso, as alterações hormonais e a inflamação crônica associada à endometriose interferem na coagulação, favorecendo a saída de coágulos no sangramento menstrual.

Leia também: Endometriose: o que é, sintomas, causas e tratamento tuasaude.com/endometriose

O que fazer: deve-se consultar o ginecologista para fazer exames como ultrassom transvaginal ou análise de sangue e confirmar o diagnóstico, iniciando o tratamento que, normalmente depende do desejo da mulher em engravidar, podendo ser feito com o uso de remédios, hormônios ou cirurgia. Saiba mais sobre quando a dor menstrual intensa pode ser endometriose.

4. Adenomiose

A adenomiose é uma doença em que o endométrio, que é o tecido que recobre internamente o útero, cresce em direção à parede muscular do útero, o que altera as suas contrações durante a menstruação e favorece um sangramento mais intenso.

Como o útero não consegue contrair de maneira eficaz, existe maior dificuldade para controlar o sangramento, o que resulta em uma menstruação mais abundante e prolongada. Esse sangramento intenso favorece o aparecimento de coágulos.

O que fazer: é indicado que o ginecologista seja consultado para que seja feita uma avaliação dos sinais e sintomas e seja solicitada a realização de exames de imagem que permitem confirmar o diagnóstico, como o ultrassom transvaginal e a histerossonografia.

O tratamento da adenomiose depende da intensidade dos sintomas, podendo o médico recomendar o uso de medicamentos hormonais e/ ou anti-inflamatórios para reduzir o sangramento e aliviar a dor. Nos casos mais graves, pode ser indicada a realização de cirurgia para retirar o excesso de tecido. Veja mais detalhes do tratamento para adenomiose.

5. Mioma

O mioma é um tumor benigno na parede interna do útero, que geralmente causa sintomas como dor no útero, menstruação abundante com formação de coágulos e sangramento fora do período menstrual.

Isso acontece porque o mioma aumenta a área do endométrio que sangra e altera a forma do útero, dificultando a contração eficaz para parar o sangramento. Como consequência, o sangue pode ficar acumulado dentro do útero e sair na forma de coágulos durante a menstruação.

O que fazer: é importante consultar o ginecologista para fazer um ultrassom pélvico e confirmar a presença do mioma. O tratamento pode ser feito com remédios, cirurgia para retirada do mioma ou embolização do mioma. Veja como é feito o tratamento para mioma.

Leia também: Menorragia: o que é, sintomas, causas e tratamento tuasaude.com/menorragia

6. Anemia ferropriva

A anemia ferropriva pode ser uma das causas da menstruação com pedaços, pois a deficiência em ferro pode alterar a coagulação do sangue, levando ao surgimento de coágulos na menstruação.

Leia também: Anemia ferropriva: o que é, sintomas, causas e tratamento tuasaude.com/anemia-ferropriva

O que fazer: é aconselhado consultar o clínico geral para pedir um exame de sangue e confirmar a presença de anemia. Quando confirmada, a anemia pode ser tratada com um suplemento de ferro, receitado pelo médico, e a ingestão de alimentos ricos em ferro como lentilha, salsa, feijão e carnes.

7. Alterações ovulatórias

As alterações ovulatórias são situações em que o ovário libera o óvulo de forma irregular, como acontece no caso da síndrome dos ovários policísticos, hipotireoidismo, obesidade, estresse e adolescência.

Como a ovulação não acontece corretamente, a progesterona não é produzida, fazendo com que o revestimento do útero cresça em excesso. Quando esse tecido desprende, o sangramento costuma ser mais intenso e irregular, o que aumenta as chances de eliminação de coágulos e fragmentos de tecido durante a menstruação.

O que fazer: deve-se consultar o ginecologista para que sejam realizados exames hormonais e ecográficos que permitam identificar a causa da alteração ovulatória.

O tratamento depende da causa e pode incluir o uso de medicamentos para regular o ciclo menstrual, controle do estresse e de peso e, em alguns casos, terapia hormonal para equilibrar os níveis de estrogênio e progesterona e diminuir o sangramento intenso e os coágulos.

8. Coagulopatias

As coagulopatias são alterações do sangue em que há alteração no processo de coagulação, como acontece no caso da doença de von Willebrand e nas doenças plaquetárias.

Durante a menstruação, isso impede que o tampão inicial se forme corretamente nos vasos uterinos, fazendo com que o sangue flua livremente e se acumule, formando coágulos e fragmentos de tecido antes de serem liberados.

O que fazer: o médico deve indicar a realização do coagulograma para confirmar o tipo de coagulopatia e, assim, indicar o tratamento mais adequado, o que normalmente é feito com o uso de medicamentos.

9. Uso de medicamentos e de DIU

O uso do DIU de cobre, por exemplo, pode causar inflamação no útero, o que aumenta o fluxo sanguíneo, enquanto que o uso de medicamentos anticoagulantes, como a varfarina ou a rivaroxabana, dificultam a coagulação e favorecem o aparecimento de coágulos e fragmentos de tecido durante a menstruação.

O que fazer: é recomendado consultar o ginecologista para identificar a causa do aparecimento de coágulos e, assim, orientar o melhor tratamento, que pode incluir a troca do método anticoncepcional e/ ou suspensão ou troca do medicamento anticoagulante.

10. Deficiência de vitaminas e minerais

A deficiência de vitaminas e minerais que regulam a formação de coágulos como a deficiência de vitamina C ou K altera a coagulação do sangue, causando a formação de coágulos na menstruação.

O que fazer: nestes casos é importante investigar qual é a vitamina ou mineral que está em menor quantidade e aumentar o consumo de alimentos ricos nessa vitamina. Dessa forma, é recomendado aumentar a ingestão de alimentos como espinafre, laranja, morango, brócolis ou cenoura, por exemplo, evitando os coágulos na menstruação.

11. Exames ginecológicos ou parto

A menstruação com pedaços também pode ocorrer depois da realização de alguns exames ginecológicos ou quando ocorrem complicações no parto.

O que fazer: geralmente a menstruação deixa de apresentar alterações em 2 ou 3 dias, voltando ao normal no ciclo seguinte. Por isso, se os coágulos continuarem surgindo, é importante consultar o ginecologista.

Quando a menstruação vem com pele

A menstruação também pode vir com pequenos pedaços de pele e isso não significa que a mulher teve um aborto. Esses pedaços de pele são pequenos pedacinhos do endométrio da própria mulher, mas que estão sem cor. Assim como a sangue possui as células vermelhas e as células brancas, o endométrio também pode apresentar esta coloração. 

Se a mulher apresentar a menstruação com pedaços de pele em 2 ciclo seguidos, recomenda-se ir ao ginecologista para que ele faça um exame observacional e peça exames, caso ache necessário.



source https://www.tuasaude.com/porque-a-menstruacao-veio-com-pedacos/

Sistema respiratório: funções, órgãos e principais doenças

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